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Santos / Porto

Operação inédita no Brasil fiscaliza navios no Porto de Santos

Por Alexandre Piqui

A Operação Descarte terminou na tarde desta quinta-feira (18) em Santos. O objetivo era verificar irregularidades referentes a lavagem de porão de navios graneleiros. Foram três dias de uma grande força-tarefa no Porto de Santos que contou com diversos órgãos; Ibama, Marinha com a Capitania dos Portos e o Grupamento Naval, Polícia Ambiental, Polícia Federal, Receita Federal, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) destacando oito profissionais para participar da Operação, entre os quais biólogos, químicos, oceanógrafos, técnicos ambientais e técnicos de segurança do trabalho.

Ao todo 15 navios foram fiscalizados durante a primeira fase dos trabalhos. De acordo com Ana Angélica Alabarce, agente ambiental federal, foram averiguadas as situações dentro dos conveses [parte da cobertura superior de um navio]. “Até o momento nenhuma embarcação foi autuada. Agora começa a segunda etapa da operação. É a avaliação de todas as documentações que pegamos, todos os registros fotográficos e também o processo de análise da situação”, revela.

Embarcações e até um avião do Ibama equipado com câmeras para registrar imagens de manchas no mar e detectar irregularidades nos porões das embarcações foram utilizados nos trabalhos, tudo para evitar as irregularidades. “Esse descarte precisa ser feito a 12 milhas após a linha de base do mar territorial, é lei. Muitos navios não fazem isso. Tem embarcação que vem do exterior e faz a limpeza aqui na nossa barra para receber o produto no qual vai carregar”, comenta Ana Angélica.

Por isso, a Codesp exige os certificados do devido descarte feito por essas embarcações. “Cada navio, cada documentação será analisada e vão ser avaliadas as necessidades de sanções”, diz a agente ambiental. O trabalho busca melhorar a qualidade da água do litoral. “Isso afeta a todos. Atinge a vida marinha, os pescados consumidos pela população tornando uma situação muito perigosa”, conclui.

Foto: Divulgação/ Polícia Ambiental

Foto: Divulgação/ Polícia Ambiental