Por Ana Maria de Sousa
No último domingo (18), Herchcovitch abriu oficialmente as comemorações dos 20 anos da São Paulo Fashion Week, com desfile em preto e branco das tendências para o inverno 2016. O local não poderia ser mais suntuoso: o saguão da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, do teto ao chão, revestido em mármore travertino italiano, com esculturas encravadas nas paredes. O prédio foi construÃdo em 1939 para ser sede das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo e revelou ser um lugar estratégico para abrir os festejos das duas décadas, com glamour e sofisticação.
Nesta edição, Paulo Borges, o pai da SPFW, projeta a ideia de se fazer com as próprias mãos, “do princÃpio ao inÃcioâ€, abrindo um infinito leque de possibilidades artesanais e tecnológicas para deixar a criatividade fluir.
E Alexandre Herchcovitch levou isso ao pé da letra. O mestre das agulhas simulou na passarela sinestesias sobre amor, sexo, perda, poder e perversão, recortadas em suntuosas camisolas em cashmere ou tafetá com seda, mais fitas de gorgorão (mulher pronta para dormir ou baladar, ao mesmo tempo); passando por vestidos em crepe georgetes, meio malha, lã, jacquard, cetim duchese etc. Alguns vazados, em pontos xis do corpo, por fuxicos. Seios à mostra, modelos mascaradas e uma ligeira retrospectiva chique do inÃcio da carreira do estilista. Outra vez, Herchcovitch mandou bem. Agora é só torcer para ele continuar a ouriçar as próximas semanas de moda de São Paulo, pois está sendo convocado para ampliar seus domÃnios e encantar além-mar. Fica com a gente Her, vai lá só de vez em quando!
Na primeira fila: o prefeito Fernando Haddad, com a mulher Ana Estela, o secretário Gabriel Chalita, o estilista Ronaldo Fraga, Costanza Pascolato, Glória Kalil e outros.
Enfim, a SPFW é um evento fechado para profissionais da moda e termina em 23 de outubro, no Parque do Ibirapuera.