Quando uma pessoa não entende exatamente aquilo que desejamos falar, o problema pode estar na compreensão dela, mas também pode estar ligado à nossa forma de dizer. Às vezes o que é claro para nós, pode representar uma incógnita para quem não está em nossa mente e não tem a exata ideia do que estamos comunicando. Você conhece alguém assim? Fala as coisas de repente como se você já soubesse do que se trata e você acaba boiando no assunto?
Os dois principais tipos de ambiguidade são polissêmica e estrutural.
- Ambiguidade polissêmica → as palavras apresentadas, na fala ou na escrita, podem apresentar mais de um significado.
Ex.: A diretora botou as mãos nas cadeiras. (não se sabe exatamente onde ela tocou, se na mobÃlia da casa ou em alguma parte do corpo).
- Ambiguidade Estrutural → há algum problema na construção do texto, na ordem das palavras que faz com que o sentido seja ambÃguo.
- A demissão do diretor surpreendeu a todos. (difÃcil distinção entre agente e paciente)
- Pedro e Cristina vão desquitar-se. (mau uso da coordenação “eâ€)
- O aluno enjoado saiu da sala. (má colocação de palavras. Esta também é polissêmica.)
- Conheci a cidade da amiga de que gostei muito. (mau uso do pronome relativo)
- O jogador falou com a secretária que mora perto daqui. (não distinção entre pronome relativo e conjunção integrante. Ela mora ou ele mora?)
- O advogado encontrou o réu entrando no tribunal. (mau uso de formas nominais “entrandoâ€. Quem?)
Portanto, antes de acusar o outro pela não compreensão do que dizemos é bom também reavaliarmos nossa forma de dizer. Quando nos vier uma mensagem ambÃgua, o importante é ter sempre a coragem de pedir maiores esclarecimento. Nem sempre temos ideia do que realmente se passa na cabeça do outro, não é mesmo?