Aconteceram 124 salvamentos, 26 crianças foram encontradas e 58.659 prevenções foram realizadas. Entre os mortos, três foram em Itanhaém, no Litoral Sul, e os outros dois em Ubatuba, no Litoral Norte. 

 

Foto: Fred Casagrande

Por Vinícius Farias 

O último fim de semana foi de muito sol e calor. Com isso, nada melhor que uma praia. Porém, nem tudo são flores. O Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMAR) divulgou um balanço das ocorrências nas praias do litoral no último fim de semana, entre 5 e 7 de janeiro. 

No total, cinco pessoas morreram em setores não protegidos, aconteceram 124 salvamentos, 26 crianças foram encontradas e 58.659 prevenções foram realizadas. Entre os mortos, três foram em Itanhaém, no Litoral Sul, e os outros dois em Ubatuba, no Litoral Norte. 

Na cidade de Itanhaém, no domingo (7), um homem, de 40 anos, morreu afogado, na Praia do Verde Mar. Segundo a corporação, o homem estava com o filho no mar, que não se afogou. A vítima apresentava grau seis de afogamento, sendo o mais alto da escala. Ela foi socorrida, levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém, mas não resistiu. 

No mesmo dia, em Itanhaém, uma turista de Taboão da Serra (SP), de 30 anos, morreu após uma embarcação virar, na entrada da Boca da Barra, por volta de 09h. Segundo a corporação, três pessoas estavam na embarcação, sendo Ricardo Henrique São José, de 42 anos, e Allyson Araújo da Silva, de 22. Eles não se afogaram e foram resgatados. A vítima, Adriana Josefa apresentava graus seis de afogamento também. Eles relataram que estavam navegando, quando uma onda os surpreendeu e virou o bote. Todos estavam de colete. O Corpo de Bombeiros atendeu a ocorrência.

Ainda no domingo (7), um homem, de 45 anos, morreu após se afogar, na Praia do Bopiranga. Segundo o GBMAR, a vítima chegou a ser socorrida na faixa de areia, mas morreu. 

 

Confira o balanço do GBMAR de 5 a 7 de janeiro por cidade: 

Foto: Arquivo

 Guarujá
Ocorrências de afogamento: 26
Vítimas salvas: 45
Desaparecido nas águas: 1
Prevenções: 7.490

Santos
Não houve ocorrência de afogamento
Prevenções: 11.423

São Vicente
Ocorrências de afogamento: 3
Vítimas salvas: 5
Desaparecido nas águas: 1
Prevenções: 690.

Bertioga
Ocorrências de afogamento: 6
Vítimas salvas: 14
Prevenções: 615

Praia Grande
Ocorrências de afogamento: 8
Vítimas salvas: 11
Prevenções: 5.925

Mongaguá
Ocorrências de afogamento: 10
Vítimas salvas: 21
Prevenções: 1.391

Caraguatatuba
Ocorrências de afogamento: 2
Vítimas salvas: 2
Prevenções: 4.321

São Sebastião
Ocorrências de afogamento: 41
Vítimas salvas: 56
Prevenções: 10.500

Ubatuba
Ocorrências de afogamento: 16
Vítimas salvas: 18
Óbito : 2.
Prevenções: 10.873

Itanhaém
Ocorrências de afogamento: 9
Vítimas salvas: 9
Prevenções: 1.041
Óbito : 2.

Peruíbe
Ocorrências de afogamento: 1
Vítimas salvas: 1
Prevenções: 2.645

Ilha Comprida
Ocorrências de afogamento: 2
Vítimas salvas: 3.
Prevenções: 1.745

 

Todo cuidado é pouco…….

Foto: Arquivo

Em entrevista à Mais Santos, em 26 de julho de 2023, a Capitão Karoline Burunsizian Magalhães, do GBMAR, tirou algumas dúvidas sobre os afogamentos e acidentes no mar, além de como se proteger.

Quais são as maiores causas de acidentes no mar? 

“O maior problema são os afogamentos. Eles acontecem em mais 90% das vezes nas correntes de retorno, que são os locais que estão sinalizados com uma placa de perigo. Então, a gente pede que as pessoas não entrem nesses locais e caso tenham alguma dúvida podem procurar um guarda-vidas mais próximo, para encontrar o melhor lugar para se banhar”, informou a agente. 

Existe algum limite que as pessoas devem ter na hora de entrar no mar?

“É aquele velho ditado, né? “Ã�gua no umbigo, sinal de perigo”. Então, as pessoas não devem avançar muito na linha do quadril, pois quando elas vão para o fundo acabam perdendo a mobilidade e se entrarem em uma situação de perigo elas não conseguem voltar. Então, “água no umbigo, sinal de perigo.”

Ingestão de bebidas alcoólicas ou bebidas em geral e comidas são um problema na hora de entrar no mar?

“A gente pede que as pessoas não façam grandes refeições ou refeições pesadas e entrem no mar, pois pode ter o perigo da congestão. Pedimos que as pessoas façam refeições leves e não ingerem álcool antes de entrar no mar, pois a bebida dá a falsa sensação de “super-homem”. As pessoas perdem um pouco da real noção do perigo. Mais da metade dos óbitos acontecem por ingestão de álcool ou drogas”, informou.  

Quais os cuidados que devemos ter com as crianças na praia? 

“Sobre as crianças, os cuidados são os mesmos. Em relação aos afogamentos, pedimos para os pais redobrar a atenção em relação às crianças perdidas. A gente tem em média 1000 crianças que se perdem por ano, por falta de atenção dos pais. Para evitar isso, pedimos que as pessoas procurem um guarda-vidas, peçam uma pulseira de identificação e coloquem nela os dados de identificação que possam ajudar na localização da criança, caso ela se perca”, finalizou.