A agressão aconteceu em 9 de abril, na Escola Estadual Professor Júlio Pardo Couto, no bairro Vila Mirim. De acordo com o pai do jovem, após o ocorrido, o filho dele sentia dores nas costas e falta de ar.
Vídeo: Reprodução
Por Vinícius Farias
Um adolescente, de 13 anos, morreu após ser espancado por dois colegas, na Escola Estadual Professor Júlio Pardo Couto, no bairro Vila Mirim, em Praia Grande. O jovem sofria bullying e dois colegas pularam sobre as costas dele, em 9 de abril. Os estudantes são do 6° ano do Ensino Fundamental.
Um vídeo obtido pela reportagem mostra um dos episódios de violência, com a vítima apanhando dos colegas de sala. (veja o vídeo acima)
De acordo com o pai do jovem, Julisses Flaming, de 42 anos, após o ocorrido, o filho dele sentia dores nas costas e falta de ar. Em outro vídeo obtido é possível ver o menor reclamando sobre as dores e a falta de ar. (veja a cena no vídeo acima)
Primeiro, ele levou o filho ao Pronto Socorro (PS) Central de Praia Grande, onde ele foi medicado e liberado.
No entanto, os sintomas continuaram e se intensificaram na segunda-feira (15) e o menino foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos, onde precisou ser internado e entubado. Na terça-feira (16), o adolescente foi levado à Santa Casa de Santos. Segundo a unidade de saúde, ele deu entrada no hospital às 13h50. No mesmo dia, o jovem teve três paradas cardiorrespiratórias e morreu.
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande lamentou o ocorrido e informou que solicitou junto a secretaria de Estado uma apuração completa dos fatos, já que a unidade de ensino é estadual. A Administração Municipal explicou ainda que também já está analisando todos os procedimentos adotados no atendimento efetuado no pronto-socorro da Cidade
Conforme a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), foi solicitado exame necroscópico ao corpo do jovem. A equipe do 1º Distrito Policial (DP) de Praia Grande investiga os fatos para esclarecer o caso, registrado como morte suspeita, com apoio da Diretoria de Ensino de São Vicente.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) também lamentou o ocorrido e abriu uma apuração preliminar interna do caso.
Uma equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP), incluindo psicólogo, foi colocada à disposição da escola para acolhimento e orientações aos estudantes e comunidade.