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Região / Polícia

Derrite afirma que sétimo morto na Operação Escudo chefiava o tráfico de morro em Santos; “ao invés de se entregar, atirou contra os policiais”

O homem, de 28 anos, morreu no último domingo (4), no morro, após ser atingido com tiros de fuzil. 

 

Foto: Instagram / Guilherme Derrite

Da redação 

O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, publicou nas redes sociais que o sétimo morto na nova Operação Escudo, na Baixada Santista, era responsável pelo tráfico no Morro São Bento, em Santos. O homem, de 28 anos, morreu no último domingo (4), no morro, após ser atingido com tiros de fuzil.

Segundo Derrite, os bandidos ostentavam armas nas redes sociais. “As imagens publicadas por criminosos localizados durante a operação na Baixada Santista mostram o quanto eles se sentiam à vontade para ostentar as atividades do crime perante à população”, escreveu.

O secretário também comentou que ele reagiu à abordagem policial. “Esse indivíduo da foto foi morto em um confronto com a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) porque, ao invés de se entregar, atirou contra os policiais. Foi abordado e, ao descer do veículo, sacou a arma de fogo. A realidade de locais onde o crime organizado tenta tomar território é bem diferente do que podem imaginar os que nunca lá pisaram, sequer para conhecer a situação, quem dirá disposto a combatê-la”, falou.

Sétima morte 

O caso ocorreu no último domingo (4), na Rua São Cristóvão, no Morro São Bento. O suspeito foi atingido por tiros de fuzil de agentes da equipe de Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), enquanto estava dentro de um carro de aplicativo.

Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), os PMs foram informados de que um traficante estava em um carro próximo ao Túnel Rubens Ferreira Martins. Assim que chegaram no local, os policiais viram o veículo e começaram a segui-lo.

Os policiais mandaram o motorista do carro parar. Conforme o BO, ele parou o carro e saiu do veículo. Já o passageiro, que estava no banco da frente, apontou uma arma para os policiais, que contra-atacaram.

No total, foram sete tiros de fuzil disparados pelos policiais. O suspeito estava com uma pistola calibre 380 no colo. Em seguida, o indivíduo foi levado à Santa Casa de Santos, mas não resistiu.

O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e tentativa de homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos, que solicitou exames ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML).

 

Operação Escudo 

Foto: Reprodução

A ação policial foi retomada no dia 26 de janeiro, após a morte do soldado da Polícia Militar (PM), Marcelo Augusto da Silva, de 28 anos. O agente era de São Paulo, do 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, mas trabalhava em Praia Grande, na Operação Verão. Ele foi morto quando voltava para casa. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), policiais militares rodoviários foram acionados para atender a ocorrência e encontraram a vítima ferida, ao lado de uma motocicleta. O resgate esteve no local e constatou o óbito.

No fim da tarde da última sexta-feira (2), o soldado da Polícia Militar (PM), Samuel Wesley Cosmo, foi morto na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no bairro Bom Retiro, na Zona Noroeste.

Segundo a SSP, Cosmo foi atingido no olho, socorrido e levado à Santa Casa de Santos, onde passou por cirurgia, mas não resistiu. Após o ocorrido, a Operação Escudo teve reforço, para localizar e prender os envolvidos na morte dele.

Durante o fim de semana, três pessoas morreram na Vila dos Criadores, uma no Morro do São Bento e as outras duas nos bairros São Jorge e Bom Retiro, em Santos. Além disso, um indivíduo morreu no Jóquei Clube, em São Vicente. Cinco pessoas foram presas. De acordo com a SSP, todos os indivíduos possuíam passagens por crimes como tráfico de drogas, furto e roubo.

Foto: Reprodução

A primeira Operação Escudo aconteceu no ano passado, após a morte do Soldado da Equipe de Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Patrick Bastos Reis. A ação policial durou 40 dias e teve o objetivo de sufocar o tráfico de drogas e combater o crime organizado. Ao todo, 805 pessoas foram presas, sendo 311 foragidas da Justiça.

Também foram apreendidas 96 armas, entre pistolas e fuzis, e 939,3 kg de drogas. 28 pessoas foram mortas.

Saiba tudo sobre a Operação Escudo aqui no link.