De acordo com as investigações, Dário Pereira Alencar, de 34 anos, também é apontado como o controlador de “laranjas”. Ele trabalharia diretamente com o lÃder da facção.Â
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Foto: Arquivo Pessoal
Por VinÃcius FariasÂ
O ex-diretor administrativo e jurÃdico da Otrantur, empresa que era a concessionária que administrava o transporte municipal de São Vicente, foi preso nesta terça-feira (12), no bairro Vila Caiçara, em Praia Grande, por suspeita de lavagem de dinheiro durante nova etapa da Operação Sharks, que tem o objetivo de desarticular lideranças de uma facção criminosa. Dário Pereira Alencar, de 34 anos, é acusado de lavagem de dinheiro e controle de “laranjas”( pessoa ou entidade que, intencionalmente ou não, serve como uma fachada para ocultar atividades financeiras ilÃcitas.) do Primeiro Comando da Capital (PCC). Â
Até o momento, a empresa Otrantur não se manifestou sobre o assunto.
Em entrevista coletiva, o procurador-geral de Justiça, Mário Sarrubo, informou que foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 22 locais, na capital paulista, na Bahia e Baixada Santista. Também foram cumpridos dois mandados de prisão. Foram apreendidas, armas de fogo e munições durante uma prisão em flagrante. Também houve a apreensão de R$ 65.629,00, mais de 2 mil euros, que dão R$ 10,6 mil, 4 mil dólares, que equivalem a R$ 19,8 mil, 9 mil pesos argentinos, que valem R$ 126,00, 35 relógios de luxo, celulares, notebooks, pen drives e documentos.
Operação SharksÂ
A Operação Sharks, que significa tubarões, em inglês, foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPSP), e pela PolÃcia Militar (PM). Com a primeira etapa concluÃda em setembro de 2020, a ação começou com o cruzamento de múltiplos dados, visando os principais integrantes do PCC. A operação já resultou na prisão preventiva de dois acusados de serem operadores financeiros da facção. Um deles seria Dário Alencar. A segunda fase da Operação Sharks busca a asfixia financeira do grupo. O Porto de Santos era o principal ponto de envio de drogas para o exterior.
Os criminosos movimentam mais de R$ 100 milhões anualmente, com o tráfico de drogas e a arrecadação de valores dos integrantes. Eles estariam trabalhando diretamente com o lÃder da facção, que está foragido, supostamente, na BolÃvia.