Da redação
Os funcionários dos Correios da região se reuniram na Praça Mauá, em Santos, nesta quarta-feira (11), a favor da greve geral. A paralisação é por tempo indeterminado. Eles reinvindicam contra a redução dos salários e benefícios, além de se oporem a privatização da estatal anunciada pelo Governo Federal.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira, José Antonio da Conceição, as reivindicações haviam sido entregues à empresa no mês de junho. Porém, a estatal recusou as propostas e ofereceu um reajuste salarial de 0,8%, valor abaixo da inflação atual.
Na região, apenas 15% dos trabalhadores da empresa aderiram à greve, mas o presidente do Sindicato afirma que a tendência é que esse número aumente nos próximos dias.
Em nota, os Correios informam que desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, nos quais foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões. As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa.
Ainda de acordo com a estatal, a paralisação parcial dos empregados dos Correios não afeta os serviços de atendimento da estatal.
A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.
Levantamento parcial realizado na manhã desta quarta-feira (11) hoje mostra que 82% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente.