O deputado estadual, Paulo Corrêa. Jr (PATRI), protocolou, na Assembleia Legislativa (Alesp), um pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a administração, concedida à concessionária, Ecovias, desde 1998, sendo a empresa responsável pela exploração e manutenção do sistema rodoviário.
Segundo o parlamentar, o intuito da CPI é entender algumas questões que não são esclarecidas há anos para a população, como por exemplo o constante aumento no preço do pedágio e onde esse dinheiro está sendo aplicado, mesmo após 21 anos de administração da empresa.
Outra questão a ser apurada são os critérios, que segundo ele, são obscuros, usados para implantar as operações Comboio, Descida e Subida.
“Nunca entendi como uma operação, que foi feita para ajudar a população, na verdade mais atrapalha, principalmente os moradores da Baixada Santista, que ficam horas presos no Sistemaâ€, contou.
Na opinião do deputado, não tem sentido os ônibus fretados que transportam cerca de 4.500 pessoas, entre estudantes e trabalhadores, subirem pela pista da Imigrantes e serem proibidos de fazer o percurso inverso pela mesma rodovia.
Pagamos o pedágio mais caro do Brasil. Por essa razão, decidi apresentar essas questões e instaurar essa CPI. Sou morador da Baixada Santista e trafego quase que diariamente pelo Sistema Anchieta-Imigrantes. Assim como eu, os cidadãos têm diversas dúvidas e precisam receber esclarecimentos. Por isso pretendo pedir alguns contratos da empresa para analisar tudo o que vem sendo feitos nesses últimos anosâ€, concluiu.
Além de protocolar o pedido –  um requerimento foi apresentado à Alesp, pedindo que o diretor geral da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), Giovanni Pengue Filho, responda como é feita a gestão do Sistema Ancheita Imigrantes (SAI) junto a ECOVIAS.
O deputado estadual também solicitou uma cópia do contrato de concessão, bem como os demais documentos aditivos existentes.
A Ecovias informou que não foi comunicada oficialmente sobre o pedido de abertura de CPI mas está, como sempre esteve, à disposição para prestar qualquer esclarecimento que lhe for solicitado.
A concessionária lembrou que suas operações são catalogadas e aprovadas pelo órgão regulador e que a tarifa de pedágio cobrada é contratual e definida pela Artesp sempre com base nos Ãndices que medem a inflação. Cabe lembrar ainda que, ao longo destes 20 anos à frente do Sistema Anchieta-Imigrantes, a concessionária sempre buscou prestar um serviço de excelência, com a realização de obras que mudaram o patamar das viagens entre São Paulo e a Baixada Santista – como a Pista Descendente da Imigrantes e Anel Viário de Cubatão – e a redução progressiva nos Ãndices de acidentes e mortes nas rodovias.