Basta um giro rápido pelo setor de hortifrúti do mercado para perceber a explosão de cores e aromas que toma conta do lugar nesta época do ano. Tudo por causa das frutas que dão as caras por aqui em dezembro – caso de lichia, framboesa, damasco, entre outras.
Embora haja boa oferta delas e os preços estejam mais acessíveis, o brasileiro aproveita pouco essa diversidade. A banana é, disparada, a mais consumida no País desde 2009, como mostrou a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feita lá atrás. Ela era a única fruta entre os 20 alimentos prediletos.
Pesquisas comprovaram os benefícios de consumi-las com regularidade, como perda de gordura, redução dos níveis de glicose no sangue, queda no colesterol e melhora da memória.
1) Amora
Cerca de 100 gramas dela garantem 14% das nossas necessidades diárias de fibras. E está aí uma substância que ajuda a melhorar o trato intestinal e a emagrecer.
Fonte de vitamina E, C e K, a amora carrega também os ácidos elágico e gálico, além de kaempferol e quercitina. Esses compostos estão relacionados ao menor risco de câncer e à prevenção de doenças neurológicas, como o Alzheimer.
2) Cereja
Como as outras berries (frutas vermelhas e arroxeadas), tem muita vitamina C e, por isso, apresenta potente ação antioxidante e anti-inflamatória. Estudos preliminares mostram que atua no combate à artrite.
A pectina produz compostos que auxiliam a saúde intestinal e evitam a obesidade, o diabetes tipo 2 e outras doenças inflamatórias.
3) Damasco
Parente próximo do pêssego, ele conta com catequinas – os mesmos compostos encontrados em chá verde, vinho e cacau. Seu consumo regular está atrelado à redução do risco cardíaco e à proteção da saúde dos olhos.
Já a versão seca deve ser consumida com moderação. É que, depois de desidratada, os nutrientes ficam concentrados, incluindo os açúcares.
Mas, se você não exagerar, só tem a ganhar mesmo com o damasco ressecado.
4) Framboesa
Como o mirtilo, esbanja vitamina C. E, entre as vermelhas, é a que apresenta mais fibras. Uma porção de 120 gramas possui 31% da recomendação diária. Além disso, é rica em manganês, que auxilia na formação óssea e turbina os sistemas imune, nervoso e reprodutor.
Em pesquisas iniciais, a frutinha foi vinculada à melhora da inflamação intestinal na doença de Crohn e à redução da esteatose hepática (gordura no fígado).
5) Jabuticaba
A mais brasileira de todas essas frutas (e também a mais barata) bate um bolão quando o assunto é proteger a saúde. Sua polpa é rica em água, minerais e açúcares, mas é na casca que estão concentradas as fibras e os compostos fenólicos.
Sua casca diminui a glicose e o colesterol do sangue, fora prevenir o ganho de massa corporal gorda. Pode também aprimorar a atenção, a memória e o aprendizado.
6) Lichia
Originária da China, a frutinha exótica conta com água, minerais, fibras, açúcares e pequenas quantidades de compostos fenólicos (quando comparada às demais berries). Pesquisas mostram que há extratos importantes na casca e na semente, mas o fato é que essas partes não são comestíveis.
Na polpa, há fibras e minerais, além de compostos com função antioxidante e ação antimicrobiana.
7) Mirtilo
Sua cor quase azulada dá a pista de que a fruta é boa fonte de antocianinas e outros compostos antioxidantes. Um deles é a luteína, conhecida como a vitamina do olho, tamanho seu potencial a favor da visão.
Como as demais frutas mencionadas, carrega vitaminas C e K, que participa da manutenção da saúde dos ossos e do coração. Uma única porção por semana garante a saúde do cérebro e afasta o risco de doenças neurológicas.