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Santos / Eleições

Nos cartórios eleitorais, os últimos preparativos para as eleições municipais

Por Anderson Firmino

Falta pouco para a eleição municipal. No próximo domingo, só em Santos são 341.867 eleitores aptos a votar (em 2016, eram 338.474 eleitores, de acordo com dados do TSE). Em disputa, o cargo de prefeito municipal, com o número recorde de 16 postulantes, o maior no Estado. Também desejam uma cadeira na Câmara Municipal 480 candidatos, sendo 312 homens e 168 mulheres.

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Juiz Mandelli: trabalho redobrado com o grande número de candidatos

Nos cartórios eleitorais, trabalho redobrado. Como é o caso da 118ª Zona Eleitoral, que contempla essencialmente regiões dos Morros e Zona Noroeste. Ali, são 112.746 eleitores (60.826 mulheres e 51.816 homens), com pelo menos duas mil pessoas envolvidas no processo de coleta dos votos em 391 seções. Um trabalho de fôlego comandado pelo juiz eleitoral Joel Mandelli.

“Devemos sempre incentivar os eleitores a comparecerem. Exercer seu direito ao voto. O índice de abstenção foi muito grande na última eleição. Depois, não adianta reclamar, se você não foi votarâ€, pondera o magistrado. Ele conta que seu domingo será bem “pesadoâ€, iniciando nas primeiras horas com o começo da votação, agora mais cedo, a partir das 7 horas, para receber prioritariamente pessoas do chamado grupo de risco para a Covid-19.

“A rotina é tentar acompanhar os trabalhos de perto desde o cartório. Ficar de plantão para lidar com eventuais problemas com urnas e algum dos colaboradores convocados. Pretendo visitar algumas seções, para ver o cumprimento das regras do TSE. Depois, ficamos até a apuração final. Vai ser também a rotina do pessoal do cartórioâ€, explica.

Passo final
Mandelli, à frente da 118ª ZE desde maio, já participou de outras eleições, em Santos mesmo e em cidades do Interior, como Dois Córregos, Paranapanema e Piraju. Mas nunca com tantos candidatos e em um cenário como atual, em meio a uma pandemia. Para ele, a temporada eleitoral foi de bastante trabalho.

“É uma fase longa, que passou praticamente por três meses (agosto a outubro), onde praticamente estivemos debruçados nessa questão dos registros dos candidatosâ€, resume. “A pandemia, não apenas para a Justiça Eleitoral, mas para vários outros ramos de atividade trouxe novos desafios. Todos tivemos, de alguma forma, que nos adaptarâ€.

O magistrado lembra que o trabalho árduo possui também toda uma parte administrativa imensa, que compreende cadastramento dos eleitores aptos a votar, além de toda a preparação, distribuição das urnas, os locais que os eleitores irão comparecer e votar, distribuição das seções. Então, há toda uma atividade administrativa desenvolvida paralelamente à atividade judicial.

Urnas confiáveis
 - REVISTA MAIS SANTOSEm função da pandemia, há uma série de determinações para o dia de eleição (veja quadro ao lado), porém, a essência está no respeito à decisão popular, aferida pelo voto. Para ele, a urna eletrônica já deu sinais de confiabilidade e não oferece riscos de fraudes.

“Sempre acreditei na urna eletrônica. Informática é aquilo: se conseguiram entrar na Nasa… Mas nosso sistema é muito bem pensado. Porque, você fechou a urna e, imediatamente, o presidente (de seção) pode entregar para os representantes dos partidos presentes o boletim com quantos votos entraram, para quem foram aqueles votos. Estes elementos são depois levados ao cartório eleitoral e transmitidos eletronicamente para o TRE e depois ao TSE. Se houvesse algum tipo de manipulação, só poderia ser na transmissão dos dados. E essa não é a parte mais importanteâ€, acredita.