As pesquisas científicas têm demonstrado que o estilo de vida é determinante sobre a condição de saúde e de doença da população. São muitos estudos e um deles é histórico. Em 1948, pesquisadores americanos passaram a acompanhar grande parcela da população em uma pequena cidade americana, Framingham, Massachusetts, procurando correlacionar o estilo de vida assumido pelas pessoas e que pudessem aumentar ou diminuir os problemas cardiovasculares.

Esse projeto continua ativo até hoje, trazendo mais e mais conhecimento sobre o assunto. De lá para cá, esse tipo de estudo é cada vez mais comum. Com isso, busca-se correlacionar as ações de longo prazo com a melhoria na condição de saúde. Chegou-se a uma correlação denominada Escore de Risco Framingham.

Na somatória final dada pelos pontos correspondentes à idade, aos níveis de colesterol, aos valores da pressão arterial, à condição de diabetes e de fumante, verifica-se maior probabilidade para problemas cardíacos ao longo de um período de dez. Bons valores para HDL são considerados fator de proteção.

Um estilo de vida melhora esses fatores, além de reduzir a incidência de quase todos os tipos de canceres, melhora a saúde mental, diminuindo, por exemplo, a gravidade da depressão. Diabetes, hipertensão, obesidade e outras doenças são controladas, às vezes, apenas com alterações no estilo de vida.

Um estilo de vida saudável inclui atividade física regular, melhoria na qualidade da alimentação, momentos para relaxamento, cessação do tabagismo e consumo moderado de álcool. A atividade física precisa ser compatível com o momento de vida. É necessária uma atividade aeróbica (andar, correr, natação, bicicleta) e atividades de força (como musculação), para melhorar a condição muscular para o equilíbrio e ações diárias. O foco da atividade física não deve ser a da busca do rendimento e da estética, mas a da saúde.

Quanto à alimentação, é necessário reduzir alimentos industrializados (gordurosos e adoçados em excesso), ingerir alimentos in natura (frutas, legumes e hostaliças), beber água constantemente, não ficar sem comer por mais de três horas e manter um cardápio bastante variado. O álcool, se fizer parte do hábito, deve ser ingerido em pequenas porções diárias.

O Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM), do curso de Farmácia da Unisantos, está disponível para solucionar suas dúvidas. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br.