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Santos / Saúde

Ingestão de álcool

A ingestão de álcool é uma prática social presente em várias culturas e há muito tempo, provavelmente em datas próximas à 3.000 AC. À parte de alguns momentos históricos específicos, a ingestão de bebidas alcoólicas sempre teve a autorização legal dos governos e a aceitação social das pessoas. Mas, com certeza, o álcool é uma substância psicoativa que têm trazido prejuízos sociais, pessoais, familiares e econômicos muito profundos.

Nos dias de hoje, o uso contumaz do álcool é considerado uma doença, muito mais do que uma falha de caráter. Estudos mostram que o etilismo é uma doença multicausal com componentes biológicos, psicológicos ou comportamentais e, ainda, sociais e ambientais. Nenhuma dessas causas parece ter uma predominância sobre a outra. O uso excessivo é uma história pessoal, no qual um desses fatores seria a causa principal, mas de forma integrada aos outros.

O consumo agudo de álcool, ou seja, a bebedeira, provoca danos no estômago, o que pode promover dores, ânsias e vômitos. O álcool é um depressor do sistema nervoso central e, de forma significativa, diminui a capacidade motora e o reflexo do bebedor. Por isso, a máxima: álcool e direção não combinam. Os números de acidentes no trânsito confirmam isso.

O uso crônico de álcool, ou seja, aquela em que a pessoa bebe de forma contínua e constante, é uma ação predominantemente masculina, a despeito do número crescente de mulheres usuárias. Além de comprometer o sistema nervoso, o consumo de álcool gera outros danos. No digestório agride o estômago e o esôfago, podendo causar câncer nesses órgãos e no fígado. Mas a ingestão excessiva de álcool interfere em todas as funções biológicas, como por exemplo, a de induzir menor densidade óssea.

Uma vez em condição de dependência, deixar de usar o álcool é muito difícil, porque é capaz de induzir forte tendência à compulsão, o que representa uma vontade irresistível de consumo de álcool. A síndrome de abstinência causada pelo álcool também dificulta a abstinência. Por isso, “não tome o primeiro goleâ€.

O Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM), do curso de Farmácia da Unisantos, está disponível para solucionar suas dúvidas. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br.

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