Quem escolheu a praia para passar a virada do ano, certamente, não se arrependeu. Os primeiros 16 minutos de 2020 emocionaram muita gente e foram o sinal de tudo de bom que o ano novo reserva. Colorido, intenso e surpreendente, o show pirotécnico arrancou aplausos e acionou os inúmeros celulares que registraram todos os momentos.
O show multicolorido prestou uma homenagem para as mais de 150 nações que irão participar do Encontro da Rede das Cidades Criativas da Unesco, no próximo mês de julho, transformando Santos na capital mundial da inovação e da economia criativa.
Mais de um milhão de vozes entoaram a contagem regressiva, que ao seu final transformou o céu da orla santista em grande painel, de onde se podia ser efeitos 3D, formas geométricas, corações, sempre com muita cor e brilho.
Quem estava próximo ao palco principal na Praia do Gonzaga e em uma das quatro tendas espalhadas na faixa de areia, curtiu o espetáculo acompanhado por trilha sonora de música clássica, o que deu um tom ainda mais imponente à ocasião.
“Eu curtir muito. A queima de fogos foi incrÃvel. Valeu a pena pegar a estrada e vir para Santos. Quero voltar o ano que vem, porque foi tudo topâ€, comentou Daiane Domingues de Oliveira, turista da cidade de Cesário Lange, no interior paulista.
Sinfônica, Beatles e Blitz levam o público ao delÃrio
A noite de Réveillon não foi só de show no céu. Pontualmente às 21h30, no palco principal montado na Praia do Gonzaga, o Maestro Luis Gustavo Petri fez o primeiro movimento de sua batuta, conduzindo a Orquestra Sinfônica Municipal de Santos para mais uma apresentação histórica. Na abertura do espetáculo, nada menos que último movimento da quinta sinfonia de Beethoven.
Na sequência, Thiago Iglesias (George Harrison), Orah Neves (John Lenon), Leandro Casarini (Ringo Starr) e César Kiles (Paul McCartney), que formam a banda Beatles Abbey Road, juntaram-se à sinfônica santista para tocar sucessos dos quatro garotos de Liverpool. O primeiro clássico foi Revolucion, seguido por Nowhere Man e Strawberry Fields Forever.
No total, foram 22 canções, em quase duas horas de show, mostrando que sonho realmente ainda não acabou. A maior prova disso foi o apoteótico encerramento com Hey Jude – canção que tem aquele tipo de refrão que fica ainda melhor quando é cantando em galera.
Às 0h17, logo assim que o show pirotécnico terminou, Evandro Mesquita, o comandante da Banda Blitz, deu o tom da primeira madrugada de 2020, fazendo o público voltar aos anos 80, mas sem deixar de trazer novidades. O show foi aberto com Weekend, seguido de Skut e Adão e Eva.
Em uma homenagem a bandas contemporâneas da Blitz, também foram tocados os hits Óculos (Paralamas do Sucesso), SonÃfera Ilha (Titãs) e Beth Balanço (Barão Vermelho). Houve espaço, ainda, para canções mais recentes, como a dançante Eu, Minha Gata e Meu Cachorro. No final, a canção que catapultou no cenário nacional: Você Não Soube me Amar.
“Estar em Santos é sempre muito legal. Tenho sempre boas lembranças daqui. Por exemplo, quando fiz minha primeira tatuagem com Tatto Lucky. Posso dizer que Santos é a minha praiaâ€, recordou o lÃder da Blitz.
Fotos: Anderson Bianchi/PMS