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2.0 - REGIÃO

Coronavírus mata Naomi Munakata, uma das maiores regentes do Brasil

Da Redação

A música perdeu, nesta quinta-feira (26), Naomi Munakata aos 64 anos. Uma das principais regentes do Brasil foi diretora e professora da Escola Municipal de Música de São Paulo, regente do Coro da Orquestra Sinfônica de São Paulo (Osesp) durante duas décadas, diretora artística e regente do Coral Jovem do Estado, regente-assistente do Coral Paulistano e professora na Faculdade Santa Marcelina e na FAAM. Ela morreu por complicações respiratórias devido ao coronavírus.

De acordo com informações iniciais, Naomi teve uma pneumonia que se agravou com o Covid-19. A regente estava internada desde o dia 16 de março no hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo. Testes realizados no dia 19 de março confirmaram que ela estava infectada com o novo coronavírus.

Durante os últimos dias, houve uma melhora no quadro clínico. Mas durante a madrugada ela teve uma piora aguda e após um choque séptico a maestrina morreu.

Naomi Munakata iniciou os estudos musicais ao piano com apenas quatro anos de idade e começou a cantar aos sete, no coral regido por seu pai – Motoi Munakata. Estudou violino, harpa e formou-se em Composição e Regência em 1978 pela Faculdade de Música do Instituto Musical de São Paulo, na classe de Roberto Schnorrenberg.

A vocação para a regência começou a ser trabalhada em 1973, com os maestros Eleazar de Carvalho, Hugh Ross, Sérgio Magnani e John Neschling. Anos depois, sua trajetória foi coroada com o prêmio de Melhor Regente Coral, concedido pela APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte.