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Santos / Cotidiano

União cede área no Dique da Vila Gilda a Santos para projeto Parque Palafitas

O projeto tem como base a substituição das palafitas por estruturas pré-fabricadas, além da construção de prédios em áreas secas próximas à via. 

 

Foto: Divulgação / Prefeitura de Santos

Da redação

A Superintendência do Patrimônio da União (SPU), do Governo Federal, oficializou a cessão de uma área à Prefeitura de Santos para a execução do projeto-piloto Parque Palafitas, um plano de urbanização do Dique da Vila Gilda, de forma inédita no País.

O prefeito Rogério Santos e o superintendente da SPU em São Paulo, Celso Santos Carvalho, assinaram o termo de cessão no Paço Municipal.

No projeto-piloto, serão construídas 60 casas sustentáveis proporcionando infraestrutura adequada às famílias que já residem no local. Estas unidades contarão com saneamento básico, promovendo não apenas o bem-estar dos moradores, mas também a recuperação ambiental.

De acordo com o prefeito Rogério Santos, a cessão da área é mais uma etapa vencida do projeto, que já conta com licença ambiental.

” Agora é buscar financiamento e essa parceria será com o Governo do Estado, que já temos reunião marcada para quinta-feira sobre a assinatura dos repasses para construir esses módulos e começar a construir esse sonho de muita gente”, diz o prefeito.

Foto: Divulgação / Prefeitura de Santos

De acordo com o superintendente da SPU em São Paulo, a parceria faz parte de uma das metas do Governo Federal que é atuar em habitação social. “O presidente Lula colocou, no começo do Governo, sua preocupação com a questão das palafitas e deu uma ordem para o Ministério das Cidades e para a SPU que a gente trabalhasse na solução habitacional para as periferias. A SPU toma conta dos terrenos da União, mas não pode fazer essa gestão. Por isso, é importante ter parceria com os municípios. E, em Santos, a gente consegue as condições ideais para parcerias”, ressalta Celso.

Parque Palafitas

O Parque Palafitas é um projeto-piloto desenvolvido especialmente para o dique da Vila Gilda. Iniciado em 2018 pelo escritório do arquiteto Jaime Lerner, o projeto tem como base a substituição das palafitas por estruturas pré-fabricadas, além da construção de prédios em áreas secas próximas à via.

O projeto destaca-se não apenas por oferecer condições dignas aos moradores, mas também pela abordagem sustentável e social.

A proposta abrange habitações sob pilares de concreto, com piso e paredes de painéis de madeira laminada. O foco é preservar a comunidade local, removendo apenas as habitações mais vulneráveis junto à água para permitir a regeneração do mangue e criar espaços de lazer, chamados de respiros.