No último domingo (3) o ciclista Antônio Paiva foi morto, com três tiros, por um Guarda Civil Metropolitano (GCM), em Praia Grande. Hoje (05), após saírem do velório e enterro do ciclista, familiares e amigos de Antônio fizeram uma manifestação, pedindo justiça, no local onde ele foi morto.
Segundo a viúva do ciclista, Mirelle Pinheiro, o casal estava de folga, voltando da praia com o filho pequeno. “Nós estávamos na ciclovia, no viaduto 5. Um carro bateu em nós e, no momento, estava passando uma viatura da GCM, que parou para ver o que estava acontecendo”. Um guarda da GCM desceu do carro e informou que o casal estava correto, pois estavam na ciclovia, mas que o carro poderia seguir viagem. Ela informou que outro guarda desceu da viatura “já alterado”. “Ele estava com cheiro de bebida”, disse.
Mirelle relata ainda como a discussão teve início. “Ele começou a ofender o meu marido. Nisso, o outro guarda, que estava super tranquilo, tentou levar esse outro guarda para dentro da viatura, mas ele se recusou”.
Por medo dos guardas agredirem o marido na frente do filho, ela se afastou, mas disse que nunca imaginou que o marido seria morto. “Quando eu me afastei com o meu filho, foi quando eu ouvi o primeiro tiro. Eu virei para trás, para ver o que tinha acontecido, eu vi meu marido cair. Logo em seguida, eles dispararam mais dois tiros contra ele”.
“Os três tiros foram para matar o meu marido e isso não pode ficar impune. Ele está aqui para nos proteger, uma pessoa dessas não pode estar na sociedade agindo como um Guarda Municipal”, finalizou ela.
Ontem (4), a reportagem do site MAIS SANTOS entrou em contato com a Prefeitura que informou, por meio da Secretária de Assuntos de Segurança Pública, que a ocorrência foi registrada na Delegacia sede do município e que o comando da corporação está apurando as circunstâncias dos fatos. Disse também que o guarda envolvido foi afastado para apuração, conforme procedimento habitual da GCM em casos desse tipo.
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