A cidade de Santos já registrou cinco casos de sarampo. De acordo com o Ricardo Leite Hayden, médico infectologista e professor de medicina, nunca é demais agir preventivamente, porém, esses são casos isolados e não se trata de um surto ou uma epidemia que possa colocar o municÃpio em estado de alerta.
“Tivemos alguns casos na nossa circunvizinhança, isso não está acontecendo aqui em Santos de forma sistemática. O que se tem são casos isolados, felizmente. O brasileiro, infelizmente, é reativo. O que significa ser pessoas que esperam o alarme para correr atrás da vacina, o que causa muita confusão e transtorno. Vacinar, preventivamente, é uma atitude correta e pró-ativa”, pontou Hayden.

Médico infectologista e professor de medicina: Ricardo Leite Hayden
Embora o especialista afirme ser importante recebermos a dose preventivamente, Hayden explicou que a dose não promove totalmente a imunidade. “Essa vacina não é 100% garantindo, então quem já tomou ou, até mesmo, teve a doença poderá voltar a apresentar os sintomas”.
Hayden esclareceu que essa situação é comum, pois, a imunidade com o tempo abaixa. Então a rigor, quando se há um ‘epidemia’ ou uma quantidade elevada de casos seguidos é preciso se fazer bloqueios. Com isso, algumas faixas etárias, além de circunstâncias pessoais levam a pessoa a ser revacinada.
“A pouco tempo, foi noticiado sobre aquela mulher visitadora que foi ao navio e tinha se vacinado, em 2016 e 2018, e ainda sim contraiu o sarampo”, relembrou.
Além disso, o médico também explicou que essa cepa do vÃrus do sarampo é oriunda da região da Europa Central, Ucrânia entre outros lugares. Sendo assim, essa cepa tem caracterÃsticas diferentes das cepas que produziam até hoje a vacina. “Por essa razão, as pessoas devem se revacinar para estimular a anticorpogênese. Levando em conta que a imunidade não é tão bem dirigida a esse vÃrus diferente que apareceu. É sarampo também, porém é uma cepa com caracterÃsticas diferentes”, alertou.
Quem deve tomar a vacina? Crianças acima de 1 ano de idade até pessoas com 60 anos. Hayden ressaltou que a doença tem sido mais recorrente entre pessoas de 19 anos até 30 anos de idade. “Relembrando que nessa faixa etária mencionada, mesmo quem já tomou a vacina, em anos anteriores, é importante se prevenir com dose”.
Quais são os primeiros sintomas do sarampo? De acordo com o infectologistas, os sintomas mais comum da doença são dores no corpo, febre, dor de cabeça, mal estar e dor muscular.
“Tudo isso pode se seguir de sinais respiratórios caracterÃsticos. O sarampo tem uma fase catarral, assim como a gripe, que evolui com o defluxo catarral, espirro e tosse, com uma quantidade grande de secreção nasal e depois vem, na maioria dos casos, as famosas pintinhas vermelhas”.
É mais perigoso o sarampo para quem já contraiu a doença? Segundo o doutor Ricardo Leite Hayden, não há riscos maiores sobre aqueles que já tiveram o problema. “O sarampo mais grave pode acontecer eventualmente obra do acaso. Não há nenhuma ligação de que quem teve a doença quando contrair novamente será mais forte.