Após ter um áudio com teor racista compartilhado no Whatsapp, a Defensoria Pública de São Paulo ingressou com uma ação civil pública contra um ex-Secretário-Adjunto de Turismo de Santos Adilson Durante Filho. A Defensoria pede à justiça a condenação de Adilson por danos morais coletivos. Após a divulgação do áudio, ele foi exonerado de seu cargo na Prefeitura da cidade. A ação foi distribuída à 5ª Vara Cível da comarca de Santos. A indenização solicitada pela Defensoria é de R$ 100 mil pelo dano moral coletivo decorrente de suas manifestações de caráter discriminatório à comunidade negra.
Em uma das frases gravadas, o ex-Secrtário diz que os pardos brasileiros são todos mau-caráter e que não são pessoas de confiança.
Coordenadores do Núcleo Especializado de Defesa da Diversidade e da Igualdade Racial da Defensoria, a Defensora Isadora Brandão Araujo da Silva e o Defensor Vinicius Conceição Silva, propuseram uma ação civil pública com pedido de danos morais coletivos.
De acordo com a sustentação feita na ação dos defensores, a manifestação do réu é racista porque sustenta a falta de caráter, honestidade e lealdade, além da inferiorização moral e psíquica inata à população parda, “atribuindo-a ao fato de este grupo racial ser produto da miscigenação entre brancos e pretos”.
Por fim, o pedido da Defensoria apontou que toda a comunidade negra foi ofendida em sua integralidade.