Por Bárbara Farias
Vitor Alves Karam, de 33 anos, proprietário do Baccará Backstage, será ouvido na Vara do Júri de Santos, nesta terça-feira (3), às 15h30. Acusado de participação na morte do universitário Lucas Martins de Paula, de 21 anos, Vitor foi preso no último dia 17 de julho. Atualmente, o empresário está detido no Centro de Detenção Provisória de Osasco, na Grande São Paulo.
A data do interrogatório de Vitor Karam foi pedida pelo seu advogado de defesa, Eugênio Malavasi, no mesmo dia em que ele foi detido.
O pai de Lucas Martins de Paula, IsaÃas de Paula, afirma que está apreensivo. “Nós estamos apreensivos. Ele ficou foragido durante um ano. A gente não sabe o que ele tem a falar e fica preocupado que ele seja liberado depois de ser ouvido, e responda pelo crime em liberdadeâ€, afirma IsaÃas. “Diante das imagens, não existe dúvida da participação dele e em vários outros casos que aconteceram na casa (Baccará). Existem relatos pelas redes sociais. Todo mundo sabe como funcionava aquilo, então a gente espera que ele seja punido. O que a gente quer é que ele fique preso até o julgamento e que seja condenado. Não vai trazer o meu filho de volta, mas a gente quer ver a justiça feitaâ€, disse isaÃas.
O crime
Na madrugada de 7 de julho de 2018, Lucas Martins de Paula foi espancado por seguranças dentro e fora da casa noturna, após reclamar da cobrança de R$ 15 a mais na sua comanda. Socorrido e internado em estado grave na Santa Casa de Santos, Lucas permaneceu em coma durante 22 dias, falecendo no dia 29 de julho.
O empresário Vitor Karam teve a prisão preventiva decretada na época do crime e estava foragido desde então. Ele foi detido pela polÃcia na tarde de quarta-feira, em um apartamento na Zona Oeste de São Paulo, após uma denúncia anônima. Karam foi encaminhado para uma Cadeia Pública. Atualmente, está detido no Centro de Detenção Provisória, em Osasco.
Karam é o terceiro indiciado pela morte de Lucas de Paula a ser preso. Os seguranças Sammy Barreto Callender e Thiago Ozarias, o principal agressor, foram detidos na época do crime. Já o ex-chefe de segurança da casa noturna, Anderson Luiz Pereira Brito, continua foragido.