Da redação
A Polícia Militar já tem uma resposta oficial sobre o caso do corpo jogado por um PM dentro de uma vala, na Comunidade Dique do Caxeta, em novembro de 2019, na cidade de São Vicente. A Corregedoria da corporação aponta o episódio como incidente.
De acordo com o porta-voz da instituição, durante o inquérito foram analisadas as imagens feitas por uma pessoa desconhecida e que postou o vídeo nas redes sociais. A cena mostra um indivíduo sendo carregado pelos braços e pelas pernas e lançado em um córrego.
Conforme o texto encaminhado pela Polícia Militar, “este momento é apontado pelos militares como um incidente devido à inclinação do barranco, bem como o piso escorregadio, o qual ocasionou o desequilíbrio dos policiais. Além disso, o balanço do corpo do indivíduo ajudou a escorregar das mãos dos agentes de segurança, caindo, portanto, no córrego. Após esse episódio, os policiais resgataram a vítima deixando-a na beira do canal até a chegada do resgate”.
O portal MAIS SANTOS conversou com a mãe do jovem. Ela afirma que B.G.R.S não era traficante. “Estou indignada, estou sofrendo muito a perda do meu filho”, desabafa a mulher que vamos preservar a identidade.
“E ainda tenho que ouvir comentários desagradáveis sobre meu filho, pessoas que infelizmente não o conhecem e julgam. Meu filho deixou a família, irmãs, minha nora grávida de seis meses. Sei que a justiça de Deus não falha. Meu filho não era bandido e infelizmente estava passando no lugar errado e na hora errada”, relata.
A mãe disse à reportagem que desde o fato ela, as filhas e a nora realizam tratamento psicológico.
O Inquérito Policial Militar foi encaminhado para a Justiça Militar solicitando prorrogação de prazo e retorno dos autos.
Quanto às perícias já realizadas:
* Os exames nas armas apreendidas dos policiais militares e vítimas envolvidas na ocorrência apontaram que todas elas “poderiam ter sido utilizadas, de modo eficaz, na realização de disparos”.
* O Exame residuográfico resultou negativo para a presença de residuografia metálica de ambas as mãos, para todas as vítimas e policiais militares envolvidos na ocorrência.
* Os exames necroscópicos de J.S.O, M.R.S, B.R.R.B e B.G.R.S não apontam sinais de disparos encostados ou à curta distância ou sinais de eventuais “execuções”.