Da Redação
Alessandro dos Santos Monte, 40 anos, é um dos 17 recuperados entre os casos confirmados do coronavírus em Guarujá. Ele trabalha na Unidade de Saúde da Família (Usafa) do Jardim dos Pássaros, onde voltou ao trabalho na segunda-feira (27), sendo recebido com muito carinho e aplausos pelos colegas de unidade.
Ele relata como passou os últimos dias com a doença. “Os sintomas que eu apresentava eram dores no corpo como se eu estivesse tomando uma surra ou treinando muito na academia”.
Há dois anos como enfermeiro da rede municipal, Alessandro também atua na Urgência e Emergência do Hospital Santo Amaro. Ele conta que não tem ideia de como pode ter sido infectado pelo novo coronavírus. “Colhi o swab (cotonete estéril que serve para coleta de exames microbiológicos) numa segunda feira, dia 6 de abril. Recebi os primeiros atendimentos no Hospital. Eu tinha como sintomas dores no corpo e mal-estar em geral. Estive no Hospital por duas vezes, onde eu tomava medicação para dor e era liberado em seguida”.
O enfermeiro conta que no dia da coleta do exame (swab) para Covid19, o médico já lhe prescreveu atestado de 14 dias, com a orientação de isolamento domiciliar dele e de sua família. Alessandro lembra que seu isolamento começou no dia 7 de abril e terminou no último dia 21.
No entanto, dentro desse período, o enfermeiro da Usafa do Jardim dos Pássaros esteve internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por nove dias, mais especificamente de 11 a 20 deste mês. “Esse período de internação foi muito difícil, pois não conseguia dormir, tive muito apoio dos colegas de trabalho e, principalmente, forças nas orações”, revela.
Como profissional de saúde, Alessandro comenta que sempre teve ciência dos riscos e que antes da Covid19 sua rotina era intensa, mas agora é uma outra realidade. “Retornei ao trabalho nesta segunda depois de três dia em que já vinha me sentindo bem melhor. E, diante disso tudo, a mensagem que tenho para toda a população é que obedeçam às orientações de saúde. Fiquem em casa, pois o novo coronavírus não escolhe idade e nem comorbidade. Mesmo assim tenho certeza que tudo isso vai passar logo, logo”, finaliza.
Foto: Régis Lima