Por Bárbara Farias
Funcionários dos Correios, na Baixada Santista, decidiram, em assembleia realizada na noite de quarta-feira (31), não deflagrar greve. A categoria está em campanha salarial em todo o país e uma paralisação estava prevista para quarta-feira, como forma de pressionar a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) a negociar os reajustes reivindicados.
“Não entramos em greve, pois o ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho) pediu um prazo até 31 de agosto para negociar. A categoria está em alerta mantendo o estado de greve, porém esperando a negociação”, afirmou o presidente do Sintect-Santos (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicações Postais, Telegráficas, Telemáticas, Franqueados e Similares da Região Litoral), José Antonio da Conceição.
O sindicalista afirma que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos não ofereceu nenhum reajuste. “A empresa ofereceu zero reajuste. Nós reivindicamos reposição da inflação, mais reajuste linear de R$ 300, vale-alimentação de R$ 45 e vale-cesta de R$ 400 entre outras cláusulas econômicas do acordo coletivo”, afirma o presidente do Sintect-Santos.
De acordo com o presidente do sindicato, os Correios empregam 1050 trabalhadores nas cidades da Baixada Santista e Vale do Ribeira.
A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares), que está mobilizando a paralisação nacional, vem publicando em seu site, que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos não apresentou nenhuma proposta de reajuste salarial até o momento. “Não existe, portanto, proposta oficial de reajuste econômico, sendo apenas uma sugestão usada para entendimento da cláusula que foi apresentada”, diz a federação em nota no site.
Procurada pela reportagem, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos respondeu apenas que “os Correios e as representações dos empregados continuam em negociação, com mediação do TST”.