Da Redação
Na tarde desta terça-feira (28), o secretário estadual de LogÃstica e Transportes João Octaviano Machado Neto, participou de um fórum online com gestores de empresas que atuam na Baixada Santista. O evento realizado através de uma plataforma digital na internet foi organizado pelo Lide Santos, grupo de lÃderes empresariais. O tema do debate foi “A importância da integração dos modais no desenvolvimento da Baixada Santista pós Covid-19â€.
Jarbas Vieira Marques Junior, presidente do Lide Santos, foi o mediador da conversa. A transmissão por videoconferência contou com a participação dos convidados Nadir Moreno – CEO UPS e Curadora do Fórum; André Ursini – CEP Complexo Andaraguá e Curador do Fórum; Rui Klein – Diretor de Concessões Rodoviárias Ecorodovias; Ricardo Arten – CEO BTP – Brasil Terminal Portuário e empresários da região que são integrantes do Lide.
João Octaviano fez uma breve apresentação questionando sobre o mundo no qual iremos encarar depois da pandemia. O secretário defende a ideia de uma integração polÃtica nacional para a retomada da economia com investimento dos grandes empresários. “Não terá orçamento público, isso [desenvolvimento] será com parceira privada. São Paulo, por exemplo, perdeu R$ 11 bilhões com a Covid-19. Nós temos que elaborar projetos e buscar recursosâ€, comenta.
André Ursini, diretor do Complexo Andaraguá, projeto proposto para se instalar em Praia Grande, como condomÃnio logÃstico fechado e aeródromo privado, questionou quais as ações do Governo de São Paulo para autorizar a obra estimada em R$ 1.3 bilhão e há 12 anos não saiu do papel por questões de licenciamento e ações movidas pelo Ministério Público.
O secretário concordou sobre as queixas burocráticas e prometeu criar um diálogo mais estreito entre o Marcos Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional e o empresário para buscar soluções.
Na mesma resposta falou que a obra é ambiciosa e voltou a se referir aos efeitos da burocratização brasileira. “Porque alguns paÃses desenvolveram? É a questão do carimbo!â€, diz Machado Neto, usando como analogia a necessidade de todo papel passar por várias mãos até receber o aval positivo.
Investimento em modais
Rui Klein, diretor de Concessões Rodoviárias Ecorodovias, falou sobre a previsão de uma obra orçada em R$ 50 milhões no norte da rodovia Anchieta, trecho de Serra, para operar com duas pistas.
Ricardo Arten, Ceo da empresa Brasil Terminal Portuário (BTP), cobrou uma atenção maior para viabilizar projetos de mobilidade no Porto e na Cidade de Santos para ter a chance de rápido crescimento pós-pandemia. “O paÃs vai precisar do Portoâ€.
Francisco Vuolo, Ceo da LOSC – LogÃstica e Soluções Comerciais, em Cuiabá, Mato Grosso também participou do encontro. Para ele, o Estado de São Paulo e o Porto de Santos são os principais corredores de escoamento de grãos produzidos no estado do Centro Oeste brasileiro. Porém, com a limitação de modais de transporte, o setor tem buscado o Norte do paÃs para dar vazão aos produtos como milho, soja e algodão. Essa logÃstica tem sido feita por ferrovias, são pelo menos 20 milhões de toneladas transportadas pelos trilhos. Ele questionou o secretário sobre como melhorar isso.
João Octaviano disse que tem conversado com os operadores ferroviários, mas não deu detalhes do que já avançou neste assunto. A reunião encerrou por volta das 17 horas.
Foto: Reprodução