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2.0 - REGIÃO

Moradores do edifício Sobre as Ondas se revoltam com ciclofaixa em Guarujá; vídeo

Por Bárbara Farias

Uma ciclofaixa instalada na Avenida General Rondon, 30, em frente ao Edifício Sobre as Ondas, no bairro Vila Alzira, em Guarujá, está causando transtornos aos moradores. A ciclofaixa impede o embarque e desembarque na entrada do prédio, principalmente de pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida.

“De um dia para o outro colocaram a faixa de ciclovia na frente do Sobre as Ondas. Todo mundo perdeu o desembarque e embarque de tudo, não temos mais como desembarcar moradores e nem pessoas deficientes”, afirma o aposentado Andréas Myriantheus.

A design de interiores, Juliene Candeloro Antonioli, está indignada. Ela afirma que sua mãe, Juanita Candeloro, de 85 anos, reside no edifício há anos, e sofre de artrose. “Minha mãe tem artrose, anda com bengala e devagar. E, agora, a ciclofaixa impede o embarque e o desembarque em frente ao prédio”, afirma Juliene.

Segundo Juliene, os moradores do condomínio não receberam nenhum comunicado da Prefeitura de Guarujá. “Um dia isolaram a área e mandaram a gente retirar os carros. Mas, não recebemos nenhum comunicado. No dia 18 último, a rua amanheceu pintada com a ciclofaixa. Foi do dia para a noite. A ciclofaixa tirou o único acesso viável de moradores ao prédio, fora o fato de não podermos mais desembarcar nem compras mais”, comenta a design.

Juliene questiona o fato de a ciclofaixa não ter sido feita do outro lado da avenida. “O local mais adequado seria do outro lado da calçada, na via de cima, na pista sentido Pitangueiras-Astúrias”.

O Edifício Sobre as Ondas foi inaugurado em 1951 e tem 94 apartamentos. O imóvel também é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT).

Procurada, a Prefeitura de Guarujá enviou nota de esclarecimento. “Referente à ciclofaixa em frente ao Edifício Sobre as Ondas, a Diretoria de Trânsito de Guarujá (Ditran) explica que é um local onde já ocorreram muitos acidentes, inclusive com mortes de ciclistas. A intenção é preservar a vida dos usuários que utilizam aquela via”.

Quanto ao estacionamento em frente ao condomínio, a Administração Municipal informa que “o estacionamento que havia em frente ao edifício não era de uso exclusivo do prédio e sim, aberto ao público em geral. Mesmo porque, não há como fazer reservas de vagas para um imóvel particular em via pública. Próximo ao edifício (atravessando a rua) foram criadas mais vagas de estacionamento. No total, são duas vagas de carga e descarga e mais uma vaga de estacionamento prioritário para idoso ou pessoa com deficiência”.

“A Diretoria de Trânsito de Guarujá informa ainda que a ciclofaixa é uma imposição da Lei de Mobilidade Urbana do Município, que prevê dar prioridade a um transporte mais limpo e inclusivo no sistema viário de Guarujá. Além disso, existe uma ação do Ministério Público, que questiona a não interligação entre as ciclovias e ciclofaixas existentes na Cidade. O objetivo é cumprir esta determinação”, concluiu.

Veja o vídeo enviado à redação por morador do edifício Sobre as Ondas: