A Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande está realizando o
georreferenciamento e processamento dos casos de Covid-19, o novo
coronavírus, na cidade. O trabalho envolve o mapeamento e análise de dados,
através de uma parceira entre a Sesap e a Seplan (Secretaria de
Planejamento).
Com essa ferramenta, é possível ter uma visão por regiões, bairros, ruas em
relação à disseminação do vírus na cidade, como por exemplo, casos
confirmados, óbitos, curas, casos em investigação, entre diversas outras
informações que auxiliam a Vigilância Epidemiológica da Cidade a identificar
a dinâmica de contaminação dentro do território praia-grandense.
“Com o geoprocessamento podemos obter qualquer tipo de informação e enxergar
os casos com precisão, os pontos onde o vírus se espalha com maior rapidez.
Podemos tomar medidas preventivas, uma vez que conseguimos nos antecipar por
conta da observação minuciosa do comportamento do vírus e da evolução da
pandemia na cidade”, explica o secretário adjunto de Saúde, Luiz Carlos
Marono.
A base de dados tem atualização on-line e a ferramenta conta com gráficos,
tabelas, diversos filtros que possibilitam ações ainda mais incisivas e
específicas, além do acompanhamento estatístico. Trata-se da utilização da
tecnologia de geoprocessamento para cadastramento, mapeamento e
gerenciamento dos dados epidemiológicos em tempo real, proporcionando
clareza e agilidade na tomada de decisões. O trabalho é resultado da união
de esforços da Secretaria de Planejamento com a Secretaria de Saúde, destaca
o titular da Seplan, Nélio Dell’ Artino.
Previsão – Com o trabalho de acompanhamento minucioso sobre o deslocamento e
evolução do vírus na Cidade, é possível prever algumas possíveis situações e
agir antecipadamente, inclusive utilizando dados comparativos. “Podemos
analisar, observar e comparar nossas informações com outros países e cidades
que já passaram por esse estágio e dessa forma, nos antecipar na prevenção,
no enfrentamento ao vírus em diversos setores”, comenta Marono.
Experiência – O secretário adjunto da Sesap explica ainda que a pasta já tem
uma experiência positiva em geoprocessamento. “Estamos trabalhamos há alguns
anos com o mapeamento dos casos de dengue no município. E a partir disso, a
Sesap consegue direcionar melhor seu foco de trabalho. Onde tem mais casos,
a equipe faz um trabalho ainda mais intenso. Muitas vezes, o bairro em
questão tem ferros-velhos, borracharias e outros comércios que acabam tendo
materiais acumuladores de água por exemplo e assim a equipe consegue atuar
com rapidez e precisão. No caso do covid-19, pretendemos também atuar de
forma, direta e precisa”, finalizou.
Por enquanto, o sistema fica disponível apenas para ser utilizado
internamente pelos profissionais de Saúde Pública da Prefeitura em
estratégias de saúde. O objetivo é futuramente disponibilizar a ferramenta
para consulta on-line aberta ao público.