Da Redação
Um casal de São Vicente viveu um verdadeiro drama na última semana socorrendo o filho caçula, um bebê de 9 meses. Após sofrer uma queda e bater com a cabeça no chão, o pequeno Rudá Rodrigues de Andrade teve de passar por duas cirurgias para conter hemorragias cerebrais. Ele segue internado na UTI da Santa Casa de Santos, mas, felizmente, vem se recuperando bem.
O acidente aconteceu na quarta-feira (27), enquanto os pais trabalhavam. “Temos um delivery de comida japonesa e lanches e eu estava trabalhando na parte da frente do quintal. Lá tem chapa, fogão industrial, e nós fechamos a porta da sala para as crianças não terem contato com essa parte”, relatou a mãe, Maryanna Rodrigues Krachinski, mãe de Rudá e de outras duas meninas, de 8 e 4 anos.
As crianças estavam na sala, mas Rudá viu a porta dos fundos abertas e tentou sair por ali. “Nisso que ele saiu, a minha filha de 4 anos tentou colocá-lo para dentro. Ele se negou, fez um movimento jogando o corpo para trás e caiu, batendo a cabeça no chão”.
Os pais, então, correram com o menino para o Hospital Municipal de São Vicente, o antigo Crei. “Lá foi constatado que ele estava com hemorragia cerebral. Os médicos na hora avisaram que ele teria de passar por cirurgia”.
Não bastasse a gravidade da situação, os pais ainda tiveram de lidar com a burocracia do sistema de saúde para que Rudá fosse transferido para a Santa Casa de Santos. Afinal, o Hospital Municipal não era o mais adequado para aquele tipo de procedimento.
O bebê, finalmente, foi encaminhado para a Santa Casa e passou pela cirurgia na quinta-feira (28). Mas a agonia ainda não tinha acabado. “Os médicos fizeram uma nova tomografia, que constatou uma outra hemorragia na parte de baixo do cérebro dele”.
Rudá precisou passar por outro procedimento em questão de horas. Enquanto isso, Maryanna foi informada sobre a gravidade do caso. “O médico me falou que a situação dele era bem delicada, que ele poderia não sair com vida dessa cirurgia”.
O garoto conseguiu passar por mais essa provação. E as notícias, por enquanto, são as melhores possíveis. “Os médicos falaram que, provavelmente, não ficaram sequelas. Se ficar, vai ser bem pouco. Ele vem tendo acompanhamento da fonoaudióloga e passando por sessões de fisioterapia dentro do hospital”.
Vaquinha
Apesar do alívio por Rudá ter sobrevivido, os pais vêm passando por dificuldades. “Nós trabalhamos como autônomos. Eu preparo os pedidos e o pai dele entrega. E com toda essa situação, o delivery está fechado e não temos dinheiro para nada”, disse Maryanna.
A família tem contado com a solidariedade de pessoas que se sensibilizaram com o caso, doando mantimentos. As contribuições também podem ser feitas por meio de uma vaquinha virtual.
“Algumas pessoas estão depositando dinheiro para o caso de o Rudá precisar de algum tratamento após sair do hospital. Os médicos falaram que ele não vai poder cair mais. Ele vai precisar de um cuidado específico, a casa terá de ser adaptada. Então, essa arrecadação vai ser importante”, disse a mãe.
Quem quiser colaborar com a vaquinha virtual, batizada de “Força, Rudá” deve acessar o seguinte link:
Fotos: Arquivo pessoal