PUBLICIDADE

Região / Cotidiano

Climatologista explica: ciclone extratropical causou forte ventania na Baixada Santista

Da Redação

A ventania que atingiu a Baixada Santista no início da manhã deste sábado (22) e causou estragos em várias cidades da região foi fruto de um ciclone extratropical. Quem explica é o climatologista Rodolfo Bonafim, em contato com o Portal Mais Santos.

“É um costumeiro visitante no outono e no inverno. Às vezes se estende pela primavera e surge até no versão. É um ciclone forte. Não é um ciclone bomba, como o do ano passado, e, sim, de baixa pressão. O centro dela estava bem baixo, localizado entre o Litoral do Rio Grande do Sul e do Uruguai. Ele causou muita ventania desde sexta-feira (21). E essa ventania chegou até aqui no sábado de manhã, mas não foi só por causa dele não. É porque houve todo um pacote de instabilidades proporcionadas por esse ciclone tinha uma outra área de baixa pressão subindo pelo interior do Continente. Então as duas se reforçaram e causaram essa ventania toda”, detalha.

A rajada máxima, de acordo com medição da Praticagem de Santos, foi de 108 km/h. E chegou perto, como lembrou Bonafim, da mínima de um furacão, que é de 117 km/h.

“Mas, lógico, não foi furacão. Furacão é formado por ventos sustentados que duram horas e horas e, por vezes, dias. Foram rajadas fortes e que duraram, pelo menos, uns 20, 25 minutos, dependendo da região da Baixada Santista. Foi bem forte em Santos, São Vicente e Guarujá, causando destruição. O ciclone extratropical não é um ciclone como o furacão. O furacão é um ciclone de águas quentes, que é muito difícil de acontecer aqui, mas ainda causa destruição”.

O climatologista afirma que ainda existe risco de algumas rajadas, em razão da instabilidade do tempo. “Tem sol hoje (domingo), mas ainda está instável e o fenômeno com aquela fúria toda não deve se repetir mais”, prevê.

A Defesa Civil do Estado de são Paulo emitiu alerta prevendo ventos de 50 a 80 km/h para todo o Litoral de São Paulo, com validade para este domingo (23) e segunda-feira (24).

O órgão recomenda que, em função disso, as pessoas não mexam com cabos de rede elétrica caídos, não se abriguem embaixo de árvores ou coberturas metálicas frágeis e não pratiquem esportes aquáticos ou influenciados pelo vento, como surf, windsurf e kitesurf.

Crédito da foto: