Da Redação
A Comissão Processante da Câmara Municipal de Guarujá decidiu pelo prosseguimento do processo de cassação do prefeito Válter Suman.
A decisão aconteceu na tarde desta quarta-feira (18), em emissão de parecer após análise da defesa prévia apresentada por ele. Agora, a Comissão determinará as diligências e oitivas que serão realizadas no decorrer do processo.
A Câmara Municipal aprovou a instauração de Comissão Processante para apurar eventuais irregularidades relacionadas ao esquema de desvio de verbas e recursos voltados para a Saúde e para a Educação.
O processo acontece em razão dos fatos divulgados na segunda fase da Operação Nacar, da Polícia Federal. Estão em apuração desvios na área da saúde do Município.
A segunda fase da Operação visou o aprofundamento das investigações que apuram fraudes nas contratações das áreas da saúde e da educação realizadas pela Prefeitura do Município de Guarujá. Segundo a PF, foram apreendidos R$ 110 milhões em bens – como veículos de luxo – e dinheiro em espécie, além de documentação, que será analisada na investigação. Em Guarujá foram 31 endereços.
Na primeira fase da operação, cumprida em setembro do ano passado, o prefeito Válter Suman e o então secretário de Educação, Marcelo Nicolau, ficaram presos por três dias na Penitenciária 1 de São Vicente. Suman, inclusive, chegou a ser alvo de processo de impeachment, mas foi inocentado pela Câmara Municipal de Guarujá em dezembro. Já Nicolau foi exonerado em outubro.
Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas, se somadas, podem variar de 12 a 46 anos. No momento, tanto Suman quanto Nicolau estão usando tornozeleiras eletrônicas.
Nácar é a substância liberada pela ostra para se proteger e conter o corpo estranho, formando assim a pérola. O nome da operação é uma alusão ao processo de contenção de ações criminosas no município do Guarujá, conhecido como Pérola do Atlântico.
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