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Região / Cotidiano

Em greve, funcionários dos Correios fazem doação de sangue em Santos

Da Redação

Protesto e solidariedade. Assim foi a manhã de um grupo de funcionários dos Correios, que estão em greve. A manifestação em Santos ocorreu na porta da empresa, na Rua Hoão Pessoa, no Centro, Em seguida, houve um ato de doação de sangue, realizado no banco de sangue da Santa Casa.

O dia começou com um ato na Rua João Pessoa, em frente ao prédio, onde há três unidades de trabalho: os centros de Distribuição Domiciliar, Operacional e de Entregas e Encomendas. O objetivo foi convencer trabalhadores que ainda não aderiram ao movimento grevista. Na sequência, foram fazer doações de sangue, numa movimentação previamente agendada.

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“É um ato feito pelos trabalhadores em greve, que foi colocada por conta da direção da empresa iniciar a retirada de direito doa trabalhadores. É cerca de 40% a menos na renda do trabalhador. Não há como trabalhar com uma retirada dessas. O movimento é forte, continua e está aumentando, porque os trabalhadores não concordam com essas retiradasâ€, afirma José Antônio da Conceiçao, presidente do Sintect-Santos.

Segundo ele, o piso da categoria é em torno de R$1,7 mil. E são justamente as incorporações que acabam aumentando um pouco este valor. “A ideia é acabar com os benefícios para tentar privatizar. Seria um calo para quem quiser comprar.. Não temos privilégios, mas direitos conquistados, que eles querem tirarâ€,

Outro lado

Confira nota distribuída pela Assessoria de Comunicação dos Correios;

“Com respaldo da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como das diretrizes do Ministério da Economia, a proposta dos Correios não retira nenhum direitos dos empregados. A proposta apenas promove adequações aos benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado.

Conforme amplamente divulgado, a diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção sugeridas na proposta da empresa é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações das federações representativas do empregados, por sua vez, custariam quase R$ 1 bilhão à estatal – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.

Importante frisar que os vencimentos de todos os empregados também seguem resguardados. Os trabalhadores continuam tendo acesso ao benefício Auxílio-creche e aos tíquetes refeição e alimentação, em quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada trabalhador.

Estão mantidos ainda – aos empregados das áreas de Distribuição/Coleta, Tratamento e Atendimento -, os respectivos adicionaiâ€.

Foto: Divulgação