
Bolsão da Praia do Itararé
Por Alexandre Piqui
A famÃlia da criança de cinco anos que foi atacada por um cachorro da raça pitbull, na noite de sábado (27), no bolsão da Praia do Itararé em São Vicente, ainda se recupera do susto. A menor ficou gravemente ferida no rosto, na mão esquerda e teve parte da bochecha arrancada com a força da mordida. O animal era conduzido pelo ex-deputado estadual Luciano Batista (PL), que alegou não ser o dono do pet, e sim, passeava com o bicho para prestar favor a uma vizinha idosa de 79 anos.
Nesta segunda-feira (29), a famÃlia decidiu se pronunciar através da advogada Natália Bezan Xavier Lopes. No domingo (28), o ex-parlamentar conversou com o portal Mais Santos relatando a versão dele (clique no link para acessar a matéria).
Na nota encaminhada à imprensa, a representante dos pais da criança informa que ela passou por procedimento cirúrgico, tendo tido alta médica no domingo (28) e se recupera bem fisicamente.
“A cirurgia inicial foi realizada com sucesso, não sabemos ainda se haverá demais consequências fÃsicas oriundas dos ferimentos, além da estética e psicológica. Neste momento, a famÃlia está voltada aos cuidados com a criança e com a mãe que está muito abalada e traumatizada com o ocorridoâ€, descreve o texto.

Luciano Batista (PL), ex-deputado estadual
Contraponto
Os responsáveis pela menina discordam dos fatos relatados pelo ex-parlamentar e dizem “que não foram exatamente como sucederam, não concordando com a versão apresentada pelo mesmo e que tudo será oportunamente esclarecido em inquérito policial e pelos meios legais, ressaltando que o cachorro de grande porte aparentando ser da raça pitbull estava sem focinheira e enforcador nos termos exigidos pela leiâ€.  A defesa alega que Luciano Batista caminhava com o cachorro em meio a parque com grande circulação de crianças e pessoas.
Sobre o fato dele se colocar à disposição, “a famÃlia salienta que jamais recebeu qualquer ligação deste, tampouco sua visita no hospital para saber o estado fÃsico da criança, tendo sido comunicada apenas que o Luciano havia comparecido ao CREI para próprio atendimento pois apresentava ferimentos, não tendo tentado qualquer contato com a famÃlia. Salienta ainda que a criança não foi atendida em nenhum momento pela filha dele ou por alguém que se identificasse como talâ€.
Por fim, o texto encerra com agradecimentos a equipe médica do Hospital Municipal de São Vicente, o antigo Crei, ao Hospital Ana Costa para onde ela foi transferida, aos socorristas do Samu e aos policiais militares que atenderam a ocorrência. A advogada esclarece que os pais solicitam respeito e privacidade neste momento em que tentam se restabelecer do trauma sofrido.
Fotos: Reprodução/ Internet