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Região / Meio Ambiente

Ovos de tartaruga-de-couro são coletados por Instituto Biopesca em Itanhaém

Da Redação

Na noite desta terça-feira (25), por volta das 19 horas, técnicos do Instituto Biopesca constataram que a maré invadiu o terceiro ninho da tartaruga-de-couro no Praião, no Centro, em Itanhaém, e destruiu a estrutura de proteção que havia em seu entorno. A força da água derrubou a cerca, dois postes e duas placas e removeu grande parte da areia que recobria o local. Antes que ovos fossem levados, a equipe do Instituto Biopesca interviu e os recolheu.

Pouco mais de 100 ovos foram coletados e verificou-se que não estavam fecuncados (sem embriões), assim como ocorreu com os ovos dos outros dois ninhos também localizados em Itanhaém e já recolhidos.

Os ovos do primeiro ninho – 103, no total – foram recolhidos pela equipe do IBP em 8 de maio, antes que fossem levados pela forte ressaca que atingiu o local. Ele estava na Praia do Suarão. Já os do segundo, na Praia do Satélite, foram recolhidos na manhã de terça-feira. O Instituto Biopesca decidiu pela intervenção diante da constatação dos ovos do primeiro ninho não terem sido fecundados e estarem em decomposição.

Além disso, o fato da temperatura ambiental estar diminuindo colaborou com a decisão, já que o calor da areia é fundamental para o desenvolvimento dos ovos. A operação foi realizada de forma técnica e com todos os cuidados para não causar nenhum impacto caso os ovos estivessem fecundados. Após recontagem, foram confirmados 121 ovos.

 - REVISTA MAIS SANTOS

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.

O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Crédito das fotos: Instituto Biopesca