Da Redação
Atualizado às 16 horas
Os trabalhadores da Cetesb na Baixada Santista e no Vale do Ribeira estão em greve, por tempo indeterminado, desde zero hora desta terça-feira (22).
Em assembleia virtual realizada pela Diretoria do Sindicato dos Urbanitários de Santos e Região (Sintius) na última segunda-feira (21), a categoria confirmou a deflagração do movimento paredista. O mesmo ocorrerá em outras regiões do Estado.
Os trabalhadores decidiram cruzar os braços por causa da intransigência da direção da estatal nas negociações do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Na avaliação do Sindicato, é inaceitável a empresa vinculada ao Governo do Estado não conceder reajuste salarial por dois anos à categoria, que atua em uma atividade essencial e tem um papel estratégico na sociedade.
O Sintius defende, no mÃnimo, a reposição dos salários e dos benefÃcios dos trabalhadores com base na inflação acumulada nos últimos 12 meses (7,79%, segundo o Ãndice IPC-Fipe).
Para que não haja prejuÃzos à sociedade durante a greve, o Sintius montou uma escala de equipes para o atendimento de eventuais casos de emergência ambiental na Baixada Santista e no Vale do Ribeira.
Uma nova assembleia virtual está agendada para esta terça-feira, dia 22, às 19h, para avaliar a paralisação.
Outro lado
A Cetesb se posicionou, por meio de nota. Confira a Ãntegra:
“A CETESB lamenta não ter alcançado entendimento com os sindicatos representativos das diversas categorias de seus empregados, o que culminou com a decisão de deflagrar um movimento de greve em plena pandemia da COVID-19.   A companhia reitera que sempre esteve aberta ao diálogo com os sindicatos, e que realizou inúmeras reuniões com o propósito de chegar a um acordo condizente com a realidade econômica do Brasil.Â
A Companhia destaca que durante todo o perÃodo da pandemia da COVID-19 nunca houve atraso ou suspensão nos pagamentos e nos benefÃcios (Vale Refeição, Vale Alimentação, Convênio Médico, etc.) e todos os empregos foram mantidos, sem qualquer ocorrência de demissões imotivadas, apesar da pandemia ter levado o paÃs a uma crise econômica e social.Â
  Por conta do caráter essencial do serviço prestado pela CETESB, o Vice Presidente Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região determinou “(…) aos Sindicatos Requeridos que, na hipótese de deflagração do movimento grevista, mantenham o percentual mÃnimo de 70% da escala normal no último mês, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), cuja destinação será oportunamente decidida.” (grifamos e sublinhamos).Â
Até o presente momento os empregados estão cumprindo a determinação e os serviços prestados pela Companhia não estão prejudicados”.Â
Foto: Divulgação