As investigações e desdobramentos sobre o crime contra o comerciante Igor Peretto, ocorrido em 31 de agosto, em Praia Grande, ainda está longe de ser finalizado. O Ministério Público de São Paulo (MP) pediu à Justiça que o trio preso por envolvimento no assassinato pague no mínimo R$ 300 mil aos herdeiros do comerciante em reparação pelos danos morais causados pelo crime. O órgão concluiu que o trio premeditou a morte do comerciante, já que ele representava um “empecilho no triângulo amoroso”.
Os herdeiros são os dois filhos de Igor. Um menino, de oito anos, fruto de um relacionamento com uma ex-companheira, e outro garoto, de cinco com Rafaela.
Casada com Igor, Rafaela também pode ser considerada ‘herdeira’ caso prove a própria inocência no caso.
Ainda neste final de semana uma outra informação veio a público sobre este caso.
LIGAÇÃO
A Polícia Civil descobriu que Rafaela Costa, ficou cinco minutos e 12 segundos em uma ligação com o celular de Igor após o crime. Sendo assim, de acordo com a corporação, a chamada aconteceu quando o comerciante já estava “morto ou agonizando”.
Um relatório complementar de investigação da Polícia Civil recuperou dados que Rafaela teria apagado do próprio celular. Entre eles, a ligação dela atendida pelo telefone de Igor.
A ligação aconteceu às 6h02 do dia 31 de agosto, sendo que Marcelly e Mario saíram do local do crime às 6h04. “Neste horário, a vítima já estava morta ou agonizando após tamanha crueldade e carnificina”, apontou a Polícia Civil.
DECLARAÇÃO
Antes de ser morto, Igor teria declarado amor pela esposa, Rafaela Costa.
“Vocês sabem o quanto eu amo aquela mulher, [o] quanto sou louco por ela”, disse Igor, de acordo com uma testemunha. “Vocês tudo contra mim, tudo armando contra mim. Eu era o único que não sabia de nada”.
Segundo a denúncia do MP-SP, Igor também demonstrou estar decepcionado com a irmã e o cunhado. “Do que adiantou eu fazer tudo? Eu me esforço tanto, eu fiz isso sempre por todos, seus traíras, p***”, teria dito a vítima antes de ser morta a facadas.
Para a promotora do MP, o trio demonstrou “alta periculosidade” por ter planejado a morte de uma pessoa próxima e por ter feito pesquisas de quanto tempo um corpo demora a feder. “Se eles fazem isso com alguém que juravam amor, o que não fariam com nós, com as demais pessoas que convivem com eles na sociedade?”, afirmou Roberta.
A promotora disse que em nenhum momento os envolvidos tentaram salvar Igor ou minimizar o sofrimento dele. “Fizeram buscas de rota de fuga ou de quanto tempo demoraria para o corpo cheirar e chamar a atenção de alguém e eles terem tempo de fugir”, destacou.