Da Redação
O Samu de Santos, que atende chamados da própria Cidade, de Guarujá e Bertioga, recebeu 38.796 ligações entre janeiro e abril deste ano. Desse total, 7.759 (20%) foram trotes ou não houve atendimento porque quando a ambulância chegou, verificou que o local informado não existia ou que não havia ninguém.
Às vezes, é possÃvel perceber a chamada ‘fake’ ainda durante a ligação. Na primeira etapa, quem solicita o socorro é atendido por um técnico que pede o nome completo e telefone de quem está acionando, a idade, o endereço onde a vÃtima está, um ponto de referência para chegar ao local e o motivo do chamado.
Na sequência, a ligação é transferida para um médico que faz perguntas sobre o estado da vÃtima e orienta as pessoas que estão com ela a observar se o caso é emergencial (risco elevado de morte). Dependendo da resposta, o trote já pode ser identificado.
Espera pode ser mais longa
“Porém, nem sempre isso ocorre e em algumas situações deslocamos equipes. Além do gasto material, demandamos um tempo precioso dos nossos profissionais, enquanto outras pessoas continuam esperando. É preciso ter empatia e utilizar o serviço com responsabilidade”, destaca Marcelo Ismail, coordenador do Samu.
O chefe do Departamento de Atenção Pré-Hospitalar e Hospitalar da Secretaria de Saúde, Luiz Carlos Espindola Junior, informa que 90% das emergências são atendidas pelo Samu em até oito minutos. “O indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) são 10 minutos”, complementa Luiz.
Capacidade de atendimento
Conforme o número de chamados, Santos pode atuar com até quatro motolâncias e 17 ambulâncias, sendo um de suporte avançado de vida (SAV), com motorista, médico e enfermeiro e equipamentos de UTI; três de suporte intermediário de vida (SIV), com condutor, técnico e enfermeiro; 13 de suporte básico, com motorista e técnico de enfermagem. Em acidentes de grande porte, as ambulâncias SIV e de suporte básico são transformadas em SAV.
Com 433.656 habitantes, Santos possui uma quantidade de veÃculos do Samu superior ao recomendado pelo Ministério da Saúde, que orienta a ter uma ambulância de suporte básico a cada 100 mil habitantes e uma de suporte avançado a cada 400 mil.
SAIBA QUANDO ACIONAR O SAMU (telefone 192 – chamada gratuita)
Problemas cardiorrespiratórios
Situações de intoxicação (produtos quÃmicos, veneno, medicação)
Queimaduras graves; afogamentos (em conjunto com o Corpo de Bombeiros – 193)
Na ocorrência de maus-tratos (em conjunto com a PolÃcia Militar – 190)
Trabalhos de parto com risco de morte da mãe e do feto
Crises hipertensivas
Acidentes/trauma com vÃtimas (em conjunto com Bombeiros – 193)
Tentativa de suicÃdio (em conjunto com PM – 190 ou Bombeiros – 193)
Surtos psiquiátricos (em alguns casos, em conjunto com PM – 190)
Violência sexual/agressão (em conjunto com PM – 190)
Situações de choque elétrico (em conjunto com Bombeiros – 193)
Acidentes com produtos perigosos (com Bombeiros – 193)
Foto: Francisco Arrais/Arquivo/Divulgação PMS