Anderson Firmino
Na chegada de 2020, um olhar saudoso para o passado, mas com os dois pés no presente. Um dos astros do “Rock Brasil” da década de 1980, a banda Blitz, comandada por Evandro Mesquita, vai agitar o palco montado na Praia do Gonzaga, em Santos, logo após a queima de fogos. Quem acompanhar, vai ganhar de presente, já nos primeiros minutos do ano, um espetáculo bem especial.
Em conversa exclusiva com o Portal Mais Santos, Mesquita garante que a Blitz vai pôr todo mundo para dançar. Sucessos como Você Não Soube Me Amar, Weekend, Mais Uma de Amor (Geme Geme) e A Dois Passos do Paraíso estarão lá.
Mas não apenas isso. Afinal, recentemente o grupo foi indicado para o Grammy Latino (em 2017) de Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa com Aventuras II. E, de quebra, teve o lançamento do filme sobre a história da banda.
“A Blitz vai levar para Santos um show feito com muito carinho, com que a gente está rodando pelo Brasil. E tem sempre novidades. A gente está com muita vontade de mostrar as coisas que a gente já fez e as que a gente anda fazendo”, conta o vocalista e um dos fundadores da Blitz, no ano de 1982.
Carinho por Santos
A Cidade de Santos foi um polo efervescente do Rock Brasil de algumas décadas atrás. Locais como o Clube Caiçara e a danceteria Heavy Metal, por exemplo, além, é claro, dos megasshows na praia, eram o abrigo certo de novos talentos ou nomes já consagrados. Com a Blitz não foi diferente. E Evandro Mesquita recorda com nostalgia e gratidão do público santista.
“Sempre falo que Santos foi um porto maravilhoso na vida da Blitz. A gente já fez shows históricos, na praia, nos anos 1980. E em casas de show também, com um público maravilhoso, que recebe a gente com muito carinho. A gente fica fissurado em fazer show aí”, diz “o cara” da Blitz.
Empolgação não vai faltar. A atual formação, explica Mesquita, já soma 14 anos. Muito bem vividos, por sinal. “Estamos muito animados com esse novo show. Nossa música segue muito viva e bem disposta”. A formação atual tem, além de Evandro (vocal, guitarra e violão), Billy Forghieri (teclados), Juba (bateria), Rogério Meanda (guitarra), Cláudia Niemeyer (baixo), Andréa Coutinho e Nicole Cyrne (backing vocals).
Segredo da longevidade
O músico e ator, pois é, está com 65 anos. E, no melhor estilo Mick Jagger, desafia o tempo com muita empolgação e disposição para trabalhar.
“O segredo de manter o pique é fazer coisas de que se gosta muito. Tenho um carinho muito grande pela Blitz, sou fundador. É um momento no palco onde posso falar das minhas coisas, algo mais autoral. A gente tem domínio de quase tudo. Gosto muito de estar no palco e de mostrar para os “amigos-fãs” o que a gente está fazendo agora também. Isso mantém a chama acesa”.
O líder da Blitz fecha a conversa com uma promessa e um desejo. A promessa é de um baita show. E o desejo… “Vamos celebrar juntos a entrada do novo ano, e que ele seja alegre. Que a gente possa ser mais feliz, com mais emprego, mais educação, mais respeito. Vai ser demais entrar no palco na Praia do Gonzaga e detonar com a Blitz”. Alguém duvida?
Outras atrações
O show da Blitz é o ponto final do Santos Criativa Réveillon 2020, organizado pela Secretaria de Cultura de Santos. A partir das 21h30, haverá show da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos (OSMS), sob regência do maestro Luís Gustavo Petri, junto com a banda Beatles Abbey Road.
Na sequência, para celebrar a chegada de 2020, haverá a queima de fogos, que terá duração de 16 minutos. Serão 15 toneladas de fogos de artifício, que estarão em nove embarcações distribuídas na orla, ancoradas a 450 metros da areia. O céu será tomado de formas geométricas e figuras em 3D.
Vale lembrar que a queima será com fogos de baixo estampido (ruído reduzido) e também será realizada em Caruara, Ilha Diana, Monte Cabrão e morros Vila Progresso e Ilhéu Alto.