Por Alexandre Piqui
O comerciante Geronimo Mauricio Mass, de 62 anos, anunciou através da página do estabelecimento, em uma rede social, que fechará à s portas depois de 25 anos de trabalho. O dono de uma loja de utensÃlios de nacionais e importados que fica na Avenida Pedro Lessa, no bairro da Aparecida em Santos, vai demitir 15 funcionários.
“Trabalhei durante 25 anos na cidade de Santos, nesse tempo consegui três comércios, trabalhando 16 horas por dia e com 15 funcionários registrados legalmente. Devido ao decreto baixado pelo prefeito, muitos colegas e conhecidos estão passando o que eu estou passandoâ€, desabafa no texto publicado.
Ele continua dizendo que decidiu parar com as atividades, pois já não consegue “suportar o ônus das despesasâ€. “Eu consegui um empréstimo no banco, com juros altÃssimos, para poder cumprir minhas obrigações com meus colaboradores. Estou demitindo meus funcionários e pagando tudo que têm direito conforme a lei. Estou entregando os pontos comercias, sem dÃvidas, nem qualquer prejuÃzo para seus proprietáriosâ€, alega o comerciante.
Nascido no Chile, Geronimo enfrentou um câncer no pulmão, teve enfisema pulmonar e cirrose crônica. Mesmo com a saúde debilitada sempre estava presente no estabelecimento conhecido no bairro como Loja do Chileno. “Eu quero agradecer ao povo brasileiro por tudo quanto me ajudou e me acolheu neste paÃsâ€.
No dia 30 de março, o comerciante postou um vÃdeo no qual mostra a abordagem de um fiscal da prefeitura de Santos. Veja:
Fechamento dos comércios
O Decreto 8.898, de 20 de março de 2020, declara estado de calamidade pública no MunicÃpio. Com isso, estabelecimentos relacionados a serviços não essenciais como marinas, clubes, lojas de conveniência de postos de combustÃveis, oficinas, salões de cabeleireiro, entre outros, devem permanecer fechados. Quiosques e ambulantes também são fiscalizados pela Sefin.
Apenas supermercados, padarias, açougues, feiras livres, pontos de venda de gás, postos de combustÃvel e farmácias podem permanecer de portas abertas. Pontos comerciais do ramo alimentÃcio devem ficar fechados e funcionar apenas para delivery.
Foto: Reprodução