Da redação
A partir de 1º de dezembro, a Defesa Civil começa a se preparar para os períodos de chuvas mais intensas. De acordo com o órgão, o ano de 2019 registrou o maior acumulado de chuva desde 1996. Foram 3.074 milímetros (mm), enquanto o ano passado registrou 2.458,3 mm. Por conta disso, os trabalhos exigirão ainda mais atenção.
De acordo com o geólogo da Defesa Civil, Victor Arroyo, o órgão trabalhará na orientação dos moradores, além de colocar em prática o plano de atendimento de possíveis ocorrências. O intuito é diminuir os danos. “Nos deslocamos para as áreas mapeadas quando chove o suficiente para haver deslizamentos e removemos os moradores se necessário”, explica.
Este ano, segundo o especialista, com exceção de janeiro, junho, e outubro, todos os meses registraram acumulados de chuva superiores às médias históricas mensais de 25 anos. Arroyo destacou o acumulado dos meses de fevereiro (724,1 mm; valor 149,35% superior à média mensal de 291,2 mm) e maio (479,6 mm; valor 190,67% superior à média mensal de 165 mm), os mais elevados da série histórica de 80 anos.
O geólogo explica que os dados manterão a Defesa Civil mais alerta. “Isso por conta da umidade remanescente no solo dos morros. Quanto maior a umidade, menor a quantidade de chuva necessária para desencadear novos deslizamentos”.
Precaução
É importante que os moradores permaneçam atentos aos sinais de instabilidade na encosta e tomem cuidados preventivos como descartar o lixo corretamente e evitar, neste período chuvoso, o corte de taludes, remover vegetação natural e realizar obras junto à encosta.
Os principais sinais de deslizamento são trincas nas paredes e no solo, árvores e postes inclinados, água barrenta e embarrigamento de muros.
Os telefones para emergências e mais informações em casos de deslizamento ou outras ocorrências relacionadas à chuva são o 199 e 3208-1000.
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