Por Bárbara Farias
Funcionários dos Correios, na Baixada Santista, decidiram, em assembleia realizada na noite de terça-feira (17), retornar ao trabalho, mantendo o estado de greve. A categoria decidiu aguardar o julgamento do dissÃdio pelo Tribunal Superior do Trabalho, que está marcado para o dia 2 de outubro. A decisão vai ao encontro do movimento nacional.
“Como não houve avanço nas negociações, a empresa entrou com dissÃdio no TST (Tribunal Superior do Trabalho) após a greve. O ministro propôs o retorno ao trabalho e o julgamento (dissÃdio) para o dia 2. Os trabalhadores aceitaramâ€, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicações Postais, Telegráficas, Telemáticas, Franqueados e Similares da Região Litoral (Sintect-Santos), José Antonio da Conceição.
Ainda de acordo com o sindicalista, “a empresa, neste tempo todo, propôs 0,8% de reajuste e retirada dos benefÃciosâ€.
A proposta do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) MaurÃcio Godinho Delgado, mantém as cláusulas do atual acordo coletivo de trabalho em vigor até o julgamento do dissÃdio coletivo, marcado para o dia 2 de outubro. Até lá, está mantida, inclusive, a permanência de pais e mães no plano de saúde.
De acordo com o presidente do sindicato, os Correios empregam 1050 trabalhadores nas cidades da Baixada Santista e Vale do Ribeira.
A paralisação dos funcionários dos Correios é um movimento nacional, mobilizado pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect). A entidade sindical encaminhou à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos uma pauta reivindicando aumento salarial e nos valores dos benefÃcios da categoria para o acordo coletivo de trabalho, mas não aceita a proposta oferecida pela companhia. O impasse nas negociações do acordo entre a companhia e a Fentect se arrasta há meses.
“A empresa ofereceu zero reajuste. Nós reivindicamos reposição da inflação, mais reajuste linear de R$ 300, vale-alimentação de R$ 45 e vale-cesta de R$ 400 entre outras cláusulas econômicas do acordo coletivoâ€, disse o presidente do Sintect-Santos, em julho passado.