Por Liliane Souza
Camisas, chuteiras, bolas, condecorações, troféus, bola de meia, caixa de engraxate… Ao todo, 2.545 peças compõem o acervo pessoal de um dos maiores craques do futebol brasileiro, disponÃvel no Museu Pelé. O local é parada obrigatória não só para os fãs do Rei, mas para qualquer pessoa que tenha interesse em conhecer uma história de mais de 70 anos marcada pelo futebol, sob perspectiva do Atleta do Século.
Para abrigar um museu que guarda a memória do Rei do Futebol, nada mais digno que um prédio marcante na Cidade. O Museu Pelé foi inaugurado em junho de 2014, mas a história dos Casarões do Valongo, que abrigam o museu, remonta ao século XIX. O local, que já foi sede da Câmara e da Prefeitura de Santos, além de hotel, bar e borracharia, passou por projeto de restauro, que se caracterizou por dar modernidade ao local.
Inicialmente, em 1997, a ideia era construir um complexo, que incluiria um museu com o nome de Pelé, no Emissário Submarino. Mas o local não seria capaz de suportar toda a estrutura e o projeto foi anulado. A obra do museu iniciou mais de 10 anos depois, em 2010, após a doação do prédio à Prefeitura de Santos, que até então pertencia ao governo do Estado de São Paulo.
O Museu Pelé é gerido pela Secretaria de Turismo da Prefeitura de Santos desde março deste ano. A atual administração aposta em uma integração com atrações do Centro Histórico de Santos para fomentar a divulgação.
De acordo com a secretária de Turismo Miriam Guedes de Azevedo, o maior público de visitantes é composto por estrangeiros. Ela conta que o objetivo é promover atrações que possibilitem que o próprio santista conheça o local. Uma delas é o Bonde Arte, que percorre vários locais do Centro. A parada final do bonde articulado é justamente o Museu Pelé, que chega a funcionar até mais tarde para que o público possa conhecer o local.
Quer conhecer o Museu? É só ir até o Largo Marquês de Monte Alegre, 1, no Bairro Valongo, em Santos. Ele fica aberto de terça a domingo, das 10 às 18 horas (a bilheteria fecha 1 hora antes). A entrada custa R$10,00. Idosos, estudantes, pessoas com deficiência e professores da rede pública pagam meia. Aos domingos, os ingressos custam R$5,00 para todos os visitantes.
Um pouco de história: os Casarões do Valongo
Formados por um conjunto arquitetônico de estilo neoclássico, os Casarões do Valongo foram construÃdos há quase 150 anos. Eles já abrigaram a Câmara e a Prefeitura de Santos, até então chamada de Intendência. A partir de 1940, os prédios foram ocupados por escritórios de café, bares e hotéis. Os casarões foram tombados em 1983. Em 1985 e 1992, dois incêndios deixaram os prédios à s ruÃnas. A partir de 2010, eles passaram por um projeto de restauro, assinado pelo arquiteto Ney Caldatto, que se caracterizou por dar modernidade ao local. Hoje, ele é sede do Museu Pelé, que abriga milhares de peças do acervo pessoal do Atleta do Século.