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Santos / Cotidiano

Após 1ª morte por chikungunya em 2021, Prefeitura de Santos faz apelo à população

Da Redação

A Prefeitura de Santos faz um apelo para que a população colabore no combate ao mosquito Aedes aegypti. A preocupação aumentou após o registro da primeira morte neste ano por chikungunya, uma das doenças transmitidas pelo inseto. O óbito foi confirmado na terça-feira (6) pela própria Administração Municipal. A vítima foi um homem de 87 anos, morador do bairro Macuco.

Santos vem enfrentando um alto índice de novos casos de dengue e chikungunya. Para se ter uma ideia, no período de janeiro a março deste ano, houve 137 notificações de dengue, 75,9% a mais do que o registrado nos três primeiros meses de 2020 (38). Os números da chikungunya são ainda piores. No ano passado foram registrados apenas dois casos no primeiro trimestre, ambos em março. Em 2021, o total já é de 585.

Outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti são a zika e a febre amarela urbana, mas não houve nenhum registro em Santos neste ano. No caso da febre amarela, não há casos na cidade desde a década de 1940.

Levantamento da Seção de Controle de Vetores, da Secretaria Municipal de Saúde, mostra que em 2020 a maior parte dos recipientes onde foram encontrados focos com larvas estão nas residências das pessoas. Bromélias e vasos de planta na água são os mais comuns, mas outras situações chamam a atenção dos agentes como vasos sanitários destampados e caixas de descargas, ralos, pratos de plantas e pingadeiras, bandeja de geladeira e ar-condicionado, baldes e regadores, bebedouros de animais além de materiais e entulhos de construção.

Nos 28 mutirões realizados em 2020, os agentes de combate a endemias eliminaram 1.489 focos com larvas. Neste ano, em nove mutirões, foram 855 focos com larvas, mais que a metade do ano anterior em 19 edições a menos.

“É necessário que a população nos ajude e faça uma vistoria dentro da sua casa, eliminando os locais onde possa haver água parada e até criadouros com larvas. Precisamos do engajamento de todos para diminuir a proliferação do mosquito e, consequentemente, a transmissão da chikungunya e da dengue”, afirma Adriano Catapreta, secretário municipal de Saúde.

Sinais e sintomas
Os mais comuns de dengue são: febre, náuseas e vômitos, manchas pelo corpo, dores musculares, dores nas juntas, dores de cabeça, dores nos olhos, pequenos hematomas. Sinais de alarme: Dor abdominal, vômitos persistentes, água no pulmão, sangramento de mucosas, sonolência e letargia, pressão baixa.

Os sinais e sintomas de chikungunya são: febre, náuseas e vômitos, olhos avermelhados, pele avermelhada, dores articulares bilaterais (dor no joelho direito e esquerdo simultaneamente, por exemplo), dores de cabeça.

A Prefeitura orienta pessoas que apresentem sinais e sintomas de dengue ou chikungunya para que procurem a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima para serem avaliadas pelo médico. Após o primeiro atendimento, os pacientes que não necessitarem de internação recebem, na UPA, um cartão de acompanhamento e passam a ser assistidos a cada 48 horas na policlínica de referência do bairro em que moram.

O serviço estará disponível de segunda a sexta-feira, das 14h às 16h. O objetivo é monitorar os pacientes que devem continuar o tratamento em casa, reavaliar suas condições clínicas e sintomas, de forma a evitar que evoluam negativamente. A coleta para exame de identificação das doenças deve ser realizada após o 7º dia de sintoma, quando inicia o período mais sensível de identificação dos anticorpos.

Foto da capa: Divulgação/Isabela Carrari – Prefeitura de Santos