Da Redação

A flexibilização das medidas de restrição, que permitem a reabertura do comércio em Santos a partir deste domingo, traz esperança aos empresários do setor. No entanto, ela vem acompanhado de preocupação diante de um eventual retrocesso, em caso de novo aumento das internações e mortes. Para eles, seria como um golpe fatal em um setor já combalido.

“Esperamos que seja a última das interrupções – esse é o nosso sonho. Quando reabrirmos, não passar mais pelo que passamos nestes doze meses, com muitas incertezas e poucas expectativas. Agora, com a vacina tomando um rumo mais forte, e um pouco mais de consciência com essa segunda onda tão forte, espertamos que não haja nenhum obstáculo pela frente�, afirma Heitor Gonzalez, presidente do SinHores (Sindicato dos Hoteis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e Vale do Ribeira).

Para ele, as medidas vêm em bora hora, como um alento diante de dúvida até sobre os pagamentos de salários. “Estamos nos aproximando do dia 5 de maio e ninguém com dinheiro em caixa. Então, é um alento começar a trabalhar hoje. Para os que estavam fechados, é um alento muito grande. Ainda temos 20 dias para o dia do pagamento. Então, existe uma luz no fim do túnel, para pagar os salários� complementa.

Omar Abdul Assaf, presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista, (Sincomércio-BS), celebra o retorno do comércio a poucas semanas do Dia das Mães, uma das datas mais esperadas pelo comércio.

“Estamos a poucos dias do Dia das Mães, que é uma data importante. A gente espera que esse primeiro passo dado agora seja o primeiro de uma caminhada onde não haja mais retrocesso. Para que a gente possa voltar a ter previsibilidade�.

Assaf acredita que a ampliação da vacinação, nos próximos meses, vai permitir a volta completa dos consumidores. “. Que possamos logo sair desse pesadelo que atinge toda a humanidade. O comércio foi o mais sacrificado. Não vamos voltar ao “velho normal�, mas é uma esperança de que a gente tenha possa continuar a lutar. O comércio é a mola propulsora da Baixada�, define.

Decreto em Santos

Já está em vigor o decreto 9.301 da Prefeitura de Santos, que detalha as regras durante a Fase de Transição do Plano São Paulo. Todos os estabelecimentos deverão funcionar com limite de 30% da capacidade de público, uso de máscara- que segue obrigatório por toda a Cidade- e disponibilização de álcool em gel.

De acordo com o novo decreto, restaurantes, lanchonetes e quiosques estão autorizados a funcionar para atendimento presencial, diariamente das 12h às 20h, assim como os bares para servir refeições e/ou lanches. Os shoppings também podem abrir neste horário, mas as áreas recreativas estão proibidas

SALÕES DE BELEZA
Os salões de beleza, barbearias, cabeleireiros e clínicas de estética, poderão atender ao público das 10h às 18h.

PRAIA E ACADEMIA
O acesso à praia segue autorizado exclusivamente para a prática de atividades físicas individuais, das 7h às 11h e das 16h às 20h. Estão proibidas a montagem, instalação ou funcionamento de barracas ou tendas e a colocação de cadeiras, guarda-sóis ou esteiras.
Academias também vem seguir este horário de funcionamento.

AMBULANTES
O comércio de ambulantes na orla da praia e nas regiões Central (Valongo, Centro, Paquetá, Vila Nova e Vila Mathias), Morros e Zona Noroeste pode der montado das 10h às 18h. Nas demais regiões, só pode atender das 12h ás 18h.

FEIRAS
As feiras livres estão autorizadas de terça à sábado, das 7h ao meio-dia. O espaçamento mínimo entre as barracas deve ser de dois metros. Feirantes devem fazer uso contínuo de máscara e oferecer álcool em gel para funcionários e clientes.
As feiras devem ser ladeadas por gradis, restringindo o acesso apenas pelas pontas.

IGREJAS
As igrejas e templos de qualquer culto ficam autorizadas a funcionar de segunda-feira a domingo, das 6h às 20h.

BANCOS
Os bancos estão autorizados a funcionar para atendimento presencial, de segunda a sexta-feira, organizando filas de espera com espaçamento de três metros para evitar aglomerações.

TELETRABALHO
Continuam mantidos o teletrabalho para atividades administrativas não essenciais e a proibição do consumo de alimentos, refeições e bebidas em locais públicos das 20h às 6h.

Foto: Prefeitura de Santos/Arquivo