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Santos / Cotidiano

Moradora de Santos, viúva de marinheiro que desapareceu no Triângulo das Bermudas luta por indenização

Da Redação

Se tem um lugar no planeta que é cercado de mistérios é o Triângulo das Bermudas. A área localizada no Oceano Atlântico que forma de maneira imaginária a forma geométrica, com a Ilha de Bermudas, a cidade de San Juan, em Porto Rico, e a cidade de Miami, nos Estados Unidos, em suas pontas, é repleta de casos com desaparecimento de aviões, barcos cargueiros e navios.

Em 1976, um navio de carga chamado Sylvia L. Ossa, de propriedade da empresa panamenha Ominum Leader, que saiu do Brasil levando minérios de ferro para a Filadélfia, informou pelo rádio que enfrentava problemas naquela região e desapareceu para sempre, sobrando apenas um barco salva-vidas. A embarcação levava uma tripulação de 37 pessoas, com nove brasileiros. E um deles, o marinheiro Edivaldo Ferreira de Freitas, virou caso na Furno Petraglia e Pérez Advocacia, escritório que atua em toda a Baixada Santista e outros estados do País.

“Por indicação de vizinhos que eram nossos clientes, fomos procurados por Joana Alves Damasceno, uma das viúvas desse trabalhador marinheiro que estava a bordo do navio Sylvia L. Ossa. Em primeiro contato fiquei espantado com o caso e pedi para que ela buscasse documentos para provar o que havia contadoâ€, diz o advogado Leandro Furno Petraglia.

Nascida no Recife, em Pernambuco, há 82 anos, Joana mora em Santos, tem um filho, e após o desaparecimento do marido foi procurada por um advogado americano que iniciou uma ação nos Estados Unidos, a qual foi negada em 2001 pela Suprema Corte Americana diante da dificuldade em obter informações sobre o caso.

A Furno Petraglia e Pérez Advocacia, de Santos, não desistiu do caso e, em 2019, a Dra. Monica Alice Branco Pérez, uma das sócias do escritório, foi até Nova York, nos Estados Unidos, para ver o processo. “Apurado que ela havia perdido o processo por lá, ingressamos com uma ação trabalhista no Brasil alegando que a empresa Omnium Leader, dona do navio, e a Frota Oceânica, que é a operadora marítima, deveriam indenizar a viúva pelo desaparecimento de seu marido na épocaâ€, explica Leandro.

Esse foi o primeiro caso do escritório quanto ao Triângulo das Bermudas e o processo em solo nacional teve audiência no início de junho de 2022. Agora, o advogado e a viúva esperam por uma sentença do caso que irá sair agora no próximo mês, em julho.

Foto: Divulgação