Da Redação
Morreu na noite desta quinta-feira (25), aos 83 anos, o radialista esportivo Sylvio Ruiz. Ele estava internado desde segunda-feira (22) no Hospital Santo Expedito, em Santos, mas convivia há cinco anos com problemas de saúde, necessitando de cuidados especiais.
O velório será nesta sexta-feira (26), na Sala 2 da Beneficência Portuguesa, das 11 às 15 horas. Na sequência, o sepultamento acontecerá no Cemitério do Paquetá. Ele deixa os filhos Daniel e Adriana. Foi casado com Elizabeth, que morreu há cinco meses. O Santos FC decretou luto oficial de três dias pelo falecimento de Sylvio Ruiz e manifestou sentimentos de pesar aos familiares e amigos. Ele era sócio do clube desde 1954.
Dono de bordões como “Boa gente, meu camaradinha”, “Até já, amigos” e “Alô, galera, ponto final”, Sylvio Ruiz ficou marcado pela longeva cobertura do Santos. Foram praticamente seis décadas trazendo as últimas notÃcias do Peixe, sempre com muita informação e descontração. Em 2016, ele chegou a ser homenageado pelo clube no gramado da Vila Belmiro.
Sylvio era conhecido como O Verdadeiro, apelido dado pelo narrador Osmar Santos na época em que trabalhou no Sistema Globo de Rádio. E ele poderia também ser chamado de eclético, levando em conta a variedade de meios de comunicação dos quais tomou parte.
A carreira começou em 1959. O rádio foi sua praia mais famosa, passando pelas Rádios Nacional de São Paulo, Cacique, Guarujá e Excelsior – depois Globo – e na Rádio Guarujá.
Na telinha, Sylvio Ruiz marcou presença nas TVs Paulista, Record (era um dos integrantes do Clube dos Esportistas, divertido programa comandado por Silvio Luiz) e pela Santa CecÃlia TV, onde fez parte do programa Esporte por Esporte, comandado por Armando Gomes – que faleceu em julho do ano passado.
A escrita também fez parte da trajetória de Sylvio Ruiz, ao escrever nos jornais Diário Popular, O Alvinegro, Ondas de Praia Grande, Gazeta Metropolitana e Espaço Aberto. Também assinou livros com suas histórias envolvendo o Santos e seus tempos de cobertura. E foi fundador da Acesan (Associação dos Cronistas Esportivos de Santos).
“Se sou santista de coração, é por causa dele. A Vila Belmiro era o quintal, a extensão da minha casa. Jogadores eram, digamos, amigos de infância: Serginho Chulapa, Rodolfo Rodriguez, Mendonça e César Ferreira foram alguns deles. Ficava batendo bola com eles no campo. Outros tempos. Tenho muitas lembranças disso”, recorda Daniel Massa, filho de Sylvio Ruiz. “Meu pai era um cara maravilhoso. Muita gente conhecia ele, era muito querido. Sempre foi brincalhão e honesto. Se sou quem eu sou, devo muito a meu pai, um cara muito correto”, emenda.
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