Por Alexandre Piqui
Pai de três filhos, marceneiro, José Luan Alves, de 26 anos, diz que sua vida virou de cabeça para baixo depois de ser acusado de roubo a uma lanchonete no Centro de Santos. De acordo com a Guarda Municipal, ele e mais três pessoas teriam levado cerca de R$ 1,2 mil do estabelecimento.
A confusão aconteceu na última terça-feira (13), quando a GCM prendeu o grupo de amigos. Um ‘release’ (termo utilizado no jornalismo para texto de assessoria de imprensa) foi encaminhado pela Prefeitura de Santos aos veÃculos de comunicação relatando o fato e com fotos dos quatro supostamente envolvidos no crime.
José Luan, viu no dia seguinte o seu rosto em várias mÃdias, como um ladrão. Com isso, perdeu o emprego e está desesperado com a repercussão do caso. Ele concedeu entrevista ao MAIS SANTOS falando sobre o drama que vive desde então. “O mais constrangedor para mim foi abrir as plataformas de comunicação e ver minha foto estampada como um assaltante. Uma coisa que nunca aconteceu, um rouboâ€, relata o rapaz.
O marceneiro conta exatamente o que houve na noite da prisão. Ele e os amigos estavam no Centro de Santos, em uma casa noturna na Rua Quinze de Novembro. Na saÃda resolveram fazer um lanche e foram até uma pastelaria na Praça dos Andradas. No local tinha outras dez pessoas. José Luan conta que toda a consumação foi paga. Mas eles perceberam uma confusão dentro do comércio que não era com eles. Antes de ir embora, ele afirma, que o grupo perguntou mais uma vez se tinha alguma pendência, pagaram a conta e foram embora. Os amigos decidiram parar em um bar na Rua João Pessoa com a Avenida Senador Feijó.
Foi neste momento que surgiu a viatura da Guarda Municipal. “Eles falaram que a gente estava preso em flagrante e nos levaram à Delegacia, no 1° Distrito Policialâ€, conta. Por falta de provas, eles foram liberados. “Nunca precisei pegar nada de ninguém. Entendeu?â€, desabafa José Luan.
“Sou pai de três filhos, pago minhas contas em dia. Então nosso grupo foi acusado de assalto. Fui algemado, colocado dentro de um camburão, fiquei naquela cela e não tive vozâ€, relata inconformado.
Em nota a Secretaria de Comunicação informa que os dados veiculados por meio de release, enviado à imprensa, estão de acordo com o Boletim de Ocorrência registrado no 1° DP de Santos, sob o número 987/2019. Vale ressaltar que a identificação foi feita pela captação de imagens das câmeras de monitoramento.