Da Redação
Em assembleia na noite desta sexta-feira (21), os motoristas e demais empregados da empresa Otrantur, que opera o transporte coletivo de São Vicente, suspenderam a greve iniciada na quarta-feira (19).
Eles aceitaram a ‘cláusula de paz’ proposta pelo juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) Gabriel Lopes Coutinho Filho, em audiência de instrução e conciliação durante a tarde.
A reunião envolveu a empresa, o sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários de Santos e a prefeitura de São Vicente. Por sugestão do juiz, ficou mantido o ‘estado de greve’.
A força da greve
A Otrantur pagou os salários atrasados de dezembro e a parcela do plano de saúde de janeiro, evitando a suspensão da assistência médica, hospitalar e ambulatorial aos trabalhadores e dependentes.
Por força da greve, segundo o vice-presidente do sindicato, José Alberto Torres Simões ‘Betinho’, a empresa pagou também o retroativo de dois meses atrasados do reajuste da data-base de maio.
O sindicalista ressalta que a paralisação também levou a Otrantur a quitar valores de férias que estavam vencidas. O movimento, segundo ele, elevou ainda a autoestima e autoconfiança dos trabalhadores.
A volta da greve
A ‘paz’ determinou o pagamento dos dias parados, sem compensação, e estabilidade no emprego por até 90 dias, a contar do julgamento do dissÃdio, que ainda será marcado.
O juiz espera que, até o dia 31, a empresa pague os salários e os vales-refeições que vencerão. E que, até lá, apresente proposta de quitação dos atrasados da ‘plr’ e do vale-refeição garantidos por assiduidade.
Caso a empresa não pague os salários e os benefÃcios que vencerão neste mês, o juiz autorizou a imediata deflagração da greve, nos termos da liminar que valeu para os três dias parados.