Por Anderson Firmino
Da Revista Mais Santos
A nossa vida é feita de conexões. Familiares, profissionais, de amizade… E o fortalecimento desses laços é feito com base em muito trabalho e, claro, amor. Pois uma entidade na Favela do Caixão, em Guarujá, criada em 2019, usa dessa capacidade de conectar com um futuro melhor para fazer a diferença na vida de crianças e jovens.
A Associação Conexão Social é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, com a finalidade de representar e incentivar crianças, proporcionando apoio socioeducacional, cultural e esportivo. São 449 famílias cadastradas, com 380 alunos ativos nas atividades. De acordo com o diretor financeiro Samuel Pereira, a entidade surgiu da necessidade de uma comunidade abandonada pelas autoridades locais e desprezada pela sociedade da cidade.
“Atualmente, entre direto- res, colaboradores e instrutores, contamos com 58 pessoas envolvidas no projeto como voluntários. O foco é em crianças e adolescentes, por entendermos que precisam de uma atenção especial. Mas também prestamos assistência a famílias carentes, com distribuição de cestas básicas, gás de cozinha e medicamentos”, explica.
As atividades mais procuradas, segundo ele, são: capoeira, futebol, jiu-jitsu e bombeiro mirim. Também são realizadas aulas de inglês, operação e gestão de drone, violão, cavaquinho, canto, artesanato, grafite, fitdance, ballet, guitarra e teclado.
Desafios
Ele lembra que a Conexão Social é uma entidade jovem, mas que já enfrentou problemas comuns a muitas iniciativas, como a busca por espaço para funcionar e a burocracia de órgãos públicos para fazer as coisas andarem. Outros já estão no horizonte.
“Os desafios que estão apresentados são a manutenção das atividades desenvolvidas, a captação de recursos para que possamos investir na infraestrutura da entidade e fazer com que a instituição seja autossustentável, buscando parcerias com empresas e universidades, instituindo programas que visem a for- mação de crianças, adolescentes e jovens e inserí-los no mercado de trabalho”, prevê Pereira.
A sede é e própria, mas foi construída em um terreno que ainda não possui escritura por se tratar de área irregular. Mas a simples presença em uma área que requer enormes esforços da Prefeitura já faz a diferença para a comunidade. De acordo com o diretor financeiro da entidade, a conexão com o Poder Público garantiu melhorias importantes.
“Nossa comunidade ainda necessita de melhor infraestrutura, como rede de esgoto e pavimentação, além de ajuda às famílias carentes que aqui vivem. Temos direcionado nossos esforços em manter um bom relacionamento com o Poder Público e já conseguimos que a Prefeitura realizasse obras de drenagem e pavimentação na Rua Principal da comunidade. Continuamos com essa boa relação para que, em breve, possamos ter obras nas vielas existentes e, assim, melhorar a qualidade de vida de todos os moradores”, complementa Pereira.
Foto: Divulgação