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Região / Cotidiano

Infectologista vê com esperança avanço em testes de vacinas contra Covid-19

Da Redação

O número de casos da Covid-19 no Brasil segue alto. A última atualização do Ministério da Saúde assinalava, nesta quarta-feira (22), indicava 2.227.514 casos confirmados, com 82.771 óbitos. É bem verdade que pesquisadores têm alcançado progresso no desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, com alguns estudos em estágio avançado, mas o uso não é esperado até o início de 2021, de acordo com a Organização Mundial de saúde (OMS). No entanto, o otimismo já dá o tom entre os especialistas.

É o caso do médico infectologista Evaldo Stanislau. Segundo ele, as buscas pelas vacinas ilustram um cenário animador para os próximos meses. “Isso não surpreende, porque são mais de 150 vacinas m desenvolvimento. E tem várias correntes, de metodologias de fabricação em curso. Penso que todas as vacinas em desenvolvimento terão sucesso, e provavelmente no começo de 2021 a gente já tenha fabricação em curso para atender no ano de 2021 toda a população prioritária com, ao menos, duas marcas de vacinaâ€, afirma.

 - REVISTA MAIS SANTOS

No cenário atual, há pelo menos três estudos vacinais, com testes no Brasil. Depois do anúncio de resultados positivos da vacina de Oxford, que forneceu 5 mil doses a voluntários brasileiros, e o início das aplicações da chinesa CoronaVac no País, a Anvisa aprovou, esta semana,  mais um ensaio clínico para verificar a eficácia de duas vacinas contra o novo coronavírus. A BNT162b1 e a BNT162b2 serão testadas dentro de um mesmo estudo e estão sendo desenvolvidas pelas empresas BioNTech e Pfizer.

“A vacina AstraZeneca, feita em parceria com a Universidade de Oxford, que também já começou a fase de testes, é uma vacina que tem partículas virais dentro de um vírus, que funciona como um “cavalo de Tróia†para levar esse material proteico modificado até o organismo da pessoa para induzir a resposta imune. A CoronaVac, é um vírus inativado, que vai induzir a resposta imune. Me parece que ambas são promissoras, têm resultados preliminares muitos bons e absolutamente segurasâ€, explicaa Stanislau.

Ele crê que haverá pleno acesso a toda a população das vacinas, tão logo sejam disponibilizadas. “Não vai ter nenhuma guerra, muito menos por vacina. Tem várias companhias no mercado e o interesse deles é atender à população. É mais uma razão para a gente ter muitas opções. A ação do Governo de SP com a Sinovac  foi muito importante, até porque tira um pouco desse eixo Estados Unidos/Europa. Mas todas as companhias são sérias e têm como compromisso atender a quem precisa. Tenho zero receio de que falte vacina, até por uma razão comercialâ€.

Casos na Baixada Santista

O médico falou, ainda, sobre o momento da Covid-19 na Baixada Santista. O último levantamento feito pelo portal Mais Santos, nesta quarta-feira (22), apontava s de 34 mil casos confirmados, com 1.277 óbitos. Entretanto, ele acredita num cenário de estabilidade semelhante ao que acontece na Capital, com viés de queda.

“Os números são bem diferentes do Interior. Somos uma Região Metropolitana muito ligada à Capital. A gente evoluiu da mesma maneira que São Paulo. Está no mesmo momento epidemiológico, melhor que o Interior, por isso temos vivido essa estabilidade  com tendência de uma queda, que é o que a gente espera que se consolideâ€.

Fotos: Governo do Estado de SP