Da Redação
Um nevoeiro chamou a atenção da Baixada Santista já na noite desta segunda-feira (4) e avançou pela madrugada e manhã desta terça-feira (5).
“Ele ocorre no intervalo entre frente frias e, como não há frente fria prevista até sexta-feira (8), pode rolar até, pelo menos, essa data”, afirma o climatologista Rodolfo Bonafim, da ONG Amigos da Ãgua.
O fenômeno é fruto do entrechoque, que é o encontro do ar úmido e frio do mar com o ar seco e quente do interior. “Trata-se de algo comum entre julho e agosto. Dependendo do ano, até setembro. Tem anos que ocorre mais e em outros, menos”, explica Bonafim. “Em 2020, foi um evento quase nulo, pois foi um ano de inverno de temperaturas acima da média. Já em 2021 teve muito mais, pois o inverno foi mais rigoroso”, emenda.
O climatologista acrescenta que, na pior das hipóteses, quando a temperatura superficial do mar atinge seu valor mais baixo do ano, devido à passagem de massas de ar polares e o ar está muito quente e seco no interior, há o nevoeiro de mar ou de advecção. “São tão densos que paralisam o tráfego de embarcações no Estuário de Santos e no Canal de Bertioga”, completa.
A barca entre Santos e Vicente de Carvalho chegou a ser paralisada, mas voltou ao normal. Já a travessia de balsas entre Santos e Guarujá não sofreu interrupções e operou normalmente.
Foto: @fulvionogueira