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Região / Cotidiano

Pesquisa aponta que 40% dos tutores já perderam um pet em decorrência dos rojões com estampido

Sinônimo de espetáculo em festas e comemorações, os tradicionais rojões podem provocar grandes malefícios e até danos para a saúde dos animais de estimação.

Por trás das celebrações, existe uma poluição sonora emitida pelos rojões com estampido capaz de estressar cães e gatos.

Pesquisa realizada com mais de 3 mil pessoas, entre os meses de novembro e dezembro, mostra o impacto dessa prática no bem-estar dos pets e faz parte da campanha “Chega de Fogos 2024”, que reforça a necessidade de conscientização sobre o tema.

Segundo os dados coletados, 39% dos entrevistados perderam ou conhecem alguém que perdeu os pets devido ao pânico causado pelo estampido dos fogos de artifício. O levantamento também evidencia que os rojões são uma preocupação para a maioria dos tutores, já que 82% deles indicaram que seus animais se assustam com o barulho, sendo as reações mais comuns se esconder (71%) ou ficar desorientado (60%).

PRAIA GRANDE – A Prefeitura de Praia Grande decidiu liberar o uso de fogos de artifício nas praias, calçadão e áreas públicas, após menos de um ano de proibição. A revogação do decreto anterior foi assinada pela prefeita Raquel Chini.

Com a revogação, fica liberado o uso de fogos de artifício, com ou sem estampido, nas praias, calçadão da orla, ruas, avenidas e praças.

MONGAGUÁ – A Prefeitura de Mongaguá, cancelou a queima de fogos para o Réveillon deste ano. Entre os motivos estão os impactos negativos do espetáculo em pessoas do espectro autista e em animais de estimação.

SÃO VICENTE – Cidade terá 13 minutos de queima fogos, que não produzirão estampidos.

SANTOS – Ainda não foram anunciados todos os detalhes. Até o momento a confirmação é de um navio atracado na baía acompanhará o show pirotécnico.

PERUÍBE – Durante 10 minutos haverá a queima de fogos, com baixo ruído.

CUBATÃO – Ao todo 15 minutos de fogos com som e luz acontecerá no Píer do Casqueiro.

O médico-veterinário da Petlove, responsável pela pesquisa realizado em parceria com o Instituto Caramelo, Pedro Risolia, informa que os animais podem ter uma série de reações adversas em relação aos fogos.

“É muito comum vermos animais tremendo de medo, escondendo-se embaixo de móveis ou latindo sem parar. Alguns podem até tentar fugir, colocando-se em situações perigosas, como pular janelas ou correr para a rua, o que pode ocasionar acidentes, até fatais. Entre outras complicações, o estresse pode desencadear reações físicas, como taquicardia, respiração ofegante, vômitos ou diarreia”, explica a especialista.

Buscar o colo do tutor também está entre as principais reações dos pets (43%), de acordo com a pesquisa, assim como chorar (41%) e pedir carinho insistentemente (38%). Alguns pets também reagem lambendo compulsivamente (27%) ou ronronando (25%). O veterinário conta que os pets podem apresentar esses sinais pela sensibilidade auditiva, sendo capazes de ouvirem sons inaudíveis para os humanos. “Devido ao som alto e inesperado, os pets podem perceber os fogos de artifício como uma ameaça, principalmente os gatos, que possuem um instinto de proteção muito aguçado”, pontua.